caravelas para os nossos Descobrimentos, disse-nos a nossa Professora de Instrução Primária.
Assim, vi uma lindíssima imensidão florestal, pela primeira vez.
O Estado detém só 2% da propriedade florestal nacional e ainda assim, por desleixo, falta de verba (havendo sempre fartos milhões para salvar bancos!) e abandono por parte do Instituto da Conservação da Natureza (Estado), ardeu 80% de um monumento com mais de 700 anos de
História - o Pinhal de Leiria! É incompreensível que esta Mata, a Mata Nacional do Urso e a Mata Nacional de Pedrogão, entre 2001 e 2009, tivessem gerado lucros de 26,2 milhões de euros e a soma para a sua manutenção se tivesse quedado só pelos 2,7 milhões. O Pinhal de Leiria foi semeado pelo rei D. Afonso III e ampliado por D. Diniz. Além da madeira e resina (e em tempos idos, colhia-se caruma e lenha velha, sendo há muito proibitiva esta captura, contribuindo para a biomassa combustível), tinha outras missões: ‘segurar’ as dunas não deixando migrar as areias para o interior, ser barreira para os ventos atlânticos não prejudicarem as culturas e ter fins turísticos.
É um desígnio nacional regenerar o Pinhal de Leiria e dotá-lo de meios para que possa renascer das cinzas. A sua monumentalidade faz parte da História de Portugal, não podendo ser alienado ao apetite privado, por ser pertença de todos os portugueses.
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