quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Dois em um(in)certo!

Não sei quanto tempo ainda falta, para que Marcelo de Sousa se “rev(b)ele”, e se destape do véu que o encobre, só,  como Presidente da República(PR), mas desejoso de se assumir também como chefe de governo. Já dá sinais claros de tal ambição. Marcelo, quer dentro desta legislatura, “substituir-se” paulatinamente a António Costa, e ser ele a marcar a agenda política e a definir os trabalhos e a gestão da vida pública, como se primeiro-ministro fosse. Marcelo não resiste muito mais. Ele quer acumular as duas funções sub-repticiamente, e principalmente a que lhe falta ocupar - a que lhe escapou desde que anda nestas andanças político-partidárias. O ponto de ruptura está mais próximo do que estava antes dos incêndios, embora estes possam parecer o pretexto, mas a ambição vem de trás. Marcelo, prepara metodicamente o caminho, como antes o fizera enquanto comentador nos mídia, para chegar ao que alcançou. Os avisos estão feitos, sobem de tom, e tornam-se cada vez mais, ameaças à governação. Dentro de semanas ou curtos meses, é ele quem quer ditar as medidas a por em marcha, sejam elas de acordo com os objectivos de Costa e de Centeno, ou se revelem ao arrepio destes governantes. Para o Presidente Marcelo pouco importará. Ele parte do princípio, que pode desempenhar as duas funções. A que lhe está atribuída, e a que ele se propõe impor-se, atropelando o executivo eleito e no activo a dirigir o país. Marcelo não aguenta confinar-se ao seu papel de corta fitas, a viajar de terra em terra distribuindo beijos e abraços por tudo quanto é lar ou fogo. Vai intrometer-se a marcar o ritmo para lá do que seria esperado, e com tal atitude ou protagonismo, poderá fazer implodir o governo no seu actual formato. Marcelo não deixou de ser quem é e nunca despiu as cores da família político-partidária a que pertence. A direita sabe isso e conta com ele, ao fim e ao cabo. O calculismo do PR e ex-líder do PPD/PSD, ex-jornalista e ex-comentador, é de se lhe tirar o chapéu. Mas só os tolos é que não vêem tal caminhada do homem disfarçado de independente, no cargo que desempenha neste momento, e sempre pronto a roer a corda a qualquer momento táctico. Marcelo acrescenta de dia para dia, créditos populistas suficientes, para a nomeação, de chefe-disto-tudo, ou seja, de ser dois em um. E essa é a sua principal preocupação. A ver vamos quem é que vai puxar o tapete, e a quem!

*(hoje, 27/10/017, no Destak págª15-truncado :- aqui texto integral)
*(publcdº no JN em 10-11-017:truncado)

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