O texto e o contexto bíblicos
Um juíz “cavernícola”, useiro e vezeiro em sentenças pouco
ortodoxas – ou abusivamente ortodoxas? – anulou a sentença que condenava um
valentão por agressão à mulher, com o argumento de que esta cometera adultério.
Este radical da asneira até cita a bíblia, naquilo que lhe
pode servir de muleta, como se a Humanidade não tivesse evoluído da rudeza
desses tempos, mas até aí teria a frase “milestone” de Jesus que, quando viu
que se praparavam para lapidar uma mulher acusada de adultério, falou à consciência
de cada um, que aquele que nunca tivesse pecado lhe atirasse a primeira pedra...
O adultério da mulher é um gravíssimo atentado à honra e
dignidade do homem” – diz a criatura – podendo presumir-se que, naquela linha
de raciocínio, o adultério do homem será uma honra para a mulher.
Sociedades existem – lembra-nos esta mente brilhante – em
que a mulher adúltera é alvo de lapidação até à morte!
Deixo a sugestão a quem para tal tiver poderes, para que
negocie a transferência a “custo zero” deste “homo demens demens” para um
desses paraísos que ele parece tanto admirar...
Perante uma tal aberração, não resisto a indagar da minha
mente “psicanalítica” se não haverá, na vida deste infeliz, uma ou mais
mulheres que lhe “puseram os cornos”,
por impotência ou incompetência na cama, de que resulta tão irracional vingança
contra o sexo feminino...
Amândio G. Martins
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarA posição de Neto de Moura no caso da Mulher agredida é execrável, deplorável, inqualificável.
ResponderEliminarPouco mais se consegue dizer. o absurdo não é fácil de explicar e muito menos de traduzir em palavras.
Dito isto, referirei apenas a forma como este senhor, com esta decisão, envergonha a Justiça portuguesa e cria um precedente grave e preocupante.
Separação de poderes?
Estado laico?
Século XXI ?
Violência doméstica julgada de forma preconceituosa e medieval.
O povo não confia nos políticos...
O povo também já não confiava nos tribunais, mas agora, é de ter medo.
Perturbador e preocupante.
Espero sinceramente que este acórdão passe a ser objecto de estudo - exemplo de uma má prática no exercício da justiça e que o senhor Juiz seja objecto de avaliação psicológica urgente.
Proponho atribuição de suplemento salarial ao senhor doutor juiz. Para o remunerar das funções (para que não foi contratado), que tão bem desempenha: fazer figura de urso. Sem ofensa para os ursos.
ResponderEliminar...alguns, poucos, comentam a neve que vai no telhado do vizinho, sem antes repararem na sujidade que assenta na soleira da sua porta. Todos armados de vassoura moralista. "As forças da Natureza nunca ninguém as venceu". Intrigante e enigmático a existência do Homem, não é? Às vezes até há notícias de suicídios só por coisas do baixo ventre. Sobre essas ninguém se pronuncia. O Hugh Heffner e o produtor de cinema de hollywood é que sabiam destes assuntos. Por carreiras e carteiras, elas até se atiram ao chão, de várias maneiras! Agora digam que eu tenho trauma, também. ehehehehehehehehe!
ResponderEliminar