«… O Che era uma daquelas pessoas
de quem todos gostavam imediatamente, pela sua simplicidade, o seu carácter, a
sua naturalidade, a sua camaradagem, a sua personalidade, a sua originalidade,
mesmo quando ainda não conhecessem as restantes virtudes singulares que o
caracterizavam».
«…Porque o Che, na sua
extraordinária personalidade, reunia virtudes que raramente aparecem juntas.
Destacou-se como homem de acção insuperável. Mas o Che não era apenas um homem
de acção insuperável: o Che era um homem de pensamento profundo, duma
inteligência visionária, um homem de cultura profunda. Isto significa que
reunia na sua pessoa o homem de ideias e o homem de acção».
«…O Che não tombou defendendo
outros interesses, defendendo outra causa, senão a causa dos explorados e dos
oprimidos deste continente: o Che não tombou defendendo outra causa senão a
causa dos pobres e humildes desta Terra. E nem os seus mais encarniçados
inimigos ousam sequer questionar a forma exemplar e o desprendimento com que
defendeu essa causa».
Partes da intervenção de Fidel de Castro, no velório solene
realizado em Havana (Praça da Revolução), Cuba, na homenagem a Ernesto CHE
Guevara, poucos dias depois de ter sido assassinado na Bolívia, a 9 de Outubro
de 1967.
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