Que mais virá a seguir, agora que já não respeitam o estado da saúde dos adversários políticos esquecendo inclusive que há mais gente com tais enfermidades? Depois, inocentemente, lamentam a abstenção dos eleitores. É inadmissível a forma como foi tratado o senhor Presidente da República quando teve um desfalecimento em público. Agora, no debate quinzenal na AR, um deputado, com a agravante de ser médico e sujeito ao seu código deontológico insinuou que se Passos Coelho se deslocasse ao HSJ estaria sujeito a que os médicos iriam questionar o seu estado mental. Esta cena fez-me lembrar um episódio passado há muitos anos. Vivia connosco lá em casa a senhora Isabel, empregada com bastante idade e que desempenhava o papel de governanta sendo já considerada da família. Sempre que algum parente da aldeia necessitava de vir ao médico cá no Porto, era lá em casa que se acomodava e ainda me lembra que traziam uma cesta com fruta das suas terras do Douro. Um dia, um familiar chegou bastante combalido e a senhora Isabel originou uma situação embaraçosa ao disparar como um tiro: o senhor está tão branco que até parece um cadáver. A ironia do doutor João Semedo na AR, brincando com a situação que criou, também causou embaraços à restante bancada. Este deputado fez há anos a opção por aquilo em que se achava melhor preparado estando os resultados à vista de todos pois mesmo com uma muleta, deu cabo do BE. Por exclusão de partes, se tivesse optado pela medicina, a profissão em que estava contrariado, está visto que seria um grande fornecedor das agências funerárias. Para terminar, recorro à senhora Isabel, que se fosse viva e o senhor fosse nossa visita, ao ouvi-lo, dispararia: senhor doutor, com essa rouquidão que o atormenta já há tanto tempo, se for ao IPO, os médicos não o deixam sair de lá sem uma biópsia. Gostava deste disparo senhor doutor? Jorge Morais
O caso dos "trecos" do PR deveriam ser assunto de Estado.
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