Terão as mulheres o monopólio da inteligência? Há cerca de trinta anos, 70% dos alunos que entravam no ensino superior eram homens, hoje são mulheres. Significará isso que as mulheres de hoje são mais inteligentes do que as mulheres de outrora? Ou serão os homens de hoje mais estúpidos do que os homens de antigamente? Nem uma coisa, nem outra. Obviamente. Significa, apenas e tão-só, que o sistema, hoje, favorece as mulheres como, antigamente, favorecia os homens.
Homem e mulher são naturalmente diferentes, mas nenhum deles é inferior ao outro. Com efeito, parece já suficientemente demonstrado que a inteligência não tem sexo. Ora, se num sistema de ensino se assiste a uma superioridade tão flagrante de um sexo sobre o outro, tal só pode significar que o sistema favorece esse sexo.
E basta fazer uma análise séria e sem preconceitos de qualquer espécie sobre o nosso sistema de ensino, para concluirmos forçosamente que este está dimensionado preferencialmente para as mulheres. Em primeiro lugar, porque privilegia quase exclusivamente a memória e, regra geral, as mulheres têm uma memória muito superior à dos homens. Em segundo lugar, porque é um ensino feito de trabalhos, consultas e projectos, e, quanto a esse aspecto, a paciência e o preciosismo das raparigas é, regra geral, infinitamente superior à dos rapazes. E em terceiro lugar, porque as mulheres atingem a maturidade muito mais cedo do que os homens e as turmas mistas obrigam os professores a comparar alunos em estádios de crescimento diferentes com clara vantagem para as raparigas.
No nosso actual sistema de ensino, um homem, regra geral, só consegue obter, na avaliação contínua, as mesmas classificações de uma mulher se for muito melhor do que ela. Mas isto não se pode dizer... Porque, infelizmente, os novos dogmas não permitem aos modernos inquisidores ver a realidade para além da fogueira.
Julho de 2007
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