Nunca, confundido Instrução com Educação, dado a primeira servir para se instruir na “Infantil, Escola, Secundário, Faculdade”! E, a segunda para se saber comportar em sociedade, recebida em “casa, família, comunidade”, estará, esta, hoje em causa, se mantivermos alguns dos padrões que veem de traz, ou se já está tudo tão, mesmo tão desactualizado, pronto a deitar “fora”!
E cada uma, cada um faz o que lhe der na “gana” e está feito. Talvez seja muito o que o momento “exige”, quando o “eu” é o que mais interessa, o que mais conta.
Confeitaria, paga-se ao balcão e sendo um espaço pequeno, não é problema fazê-lo depois e não antes de ter consumido, que nos é levado à mesa.
Forma-se a fila normal nestas circunstâncias, mas onde há sempre um ou uma xico-espertinho/a que tenta furar.
Na dúvida se, se está primeiro ou uma jovem, pergunta-se a esta, que diz que não está primeiro. Notando-se estar grávida, diz-se para ir à frente, e a resposta é curiosa e que já se ouviu noutras situações, nomeadamente, quando nos devem dizer “obrigado” e não dizem, dado : já não se usar!
E a contra-resposta é : ser velho, sempre ter feito assim, pelo que até faz sentir mal não continuar, pelo que fica à frente!
Mas vai , quem ficou à frente, dizendo que não era necessário, até porque tem tido uma gravidez muito boa, não era “de todo” necessário.
E, fica-se mais desconfortável em ter sido “educado”, em vez de “abrutalhado”, e com a igualdade, e tudo o mais, não ter ficado à frente
E, dá para congeminar , que de facto muito do que fomos - nós agora, velhos - fazendo ao longo da vida, já não se usa.
Todavia, não ocupava espaço, não era anti-democrático, não era machismo, quando um velho ou velha entrava num espaço público e não havia lugar sentado, ceder o nosso caso o estivéssemos, sentados. Deixar sair antes de entrar, onde quer que fosse, até por ser mais evidente, mais eficaz e menos egoísta.
Dizer bom dia, boa tarde, boa noite quando se chega a um local onde estão mais pessoas, usar “faz favor, obrigado, não tem de quê”. Não era nocivo, não era grosseiro, e quiçá fosse mais educado.
Agora, vale tudo, essencialmente o que der mais jeito ao “eu”. Têm-se imensos direitos, e nenhuns deveres.
Se vamos a pé no passeio, teremos a certeza que se alguém vier em sentido contrário nunca se irá desviar. Se vier uma bicicleta, uma trotineta, tem que passar, mesmo que não deva ali circular nos passeios.
Se vamos a sair do elevador e alguém quer entrar, este/esta força a passagem, sem nos deixar sair, o que se torna até, ridículo senão incómodo.
Se estivermos na fila do supermercado e abrir mais uma caixa , sendo dito por”ordem de chegada podem vir para aqui”, é certo e sabido, que o último ou última que chegou vai ser o primeiro/a a ir, e se , se disser alguma coisa, vem logo insulto.
Já não se gosta de ser educado, porém, sê-lo até ver, ainda não é proibido, pelo que enquanto não nos esquecermos, não ficarmos totalmente acomodados à selvajaria, ou xexés, iremos tentar, tentar manter algumas regras de educação, mesmo contra-ciclo temporal.
Ou não ou não
augusto Küttner