terça-feira, 31 de janeiro de 2023

ÉTICA REPUBLICA

Andamos agora indignados, uns mais do que outros, com os custos da vinda do Papa a Portugal. Sinceramente não sei se é muito, pouco ou razoável. E se a oposição não tivesse posto este assunto na agenda a maioria dos portugueses nem queriam saber. Era só mais uma cruz plantada algures, das miríades que a Igreja Católica foi plantando neste país cristão ao longo dos séculos. 

Ao que não posso ficar indiferente é a origem dos fundos. Na minha inocência sempre achei que isto era um negócio da Igreja, financiado com os seus fundos, ajudados quiçá pelo banco do Vaticano. Isto porque sendo Portugal um estado laico, manda a ética republicana (eheheheh!!) que se colabore na prossecução do evento porque defende a liberdade religiosa. Mas daí a pagar um cêntimo que seja vai uma grande distância!! Por último queria informar os leitores que esta noite tive uma epifania. Sonhei com o Papa, que escolheu para si o nome do paupérrimo e humilíssimo Francisco, vestido com a estamenha e as sandálias do santo, sentado numa pedra no alto da serra de Montemuro a falar aos jovens, que se estendiam a seus pés aos milhares, num impressionante silêncio e quietude. A pedra e a serra estão lá e o parque eólico construiu um razoável acesso ao local. Se quiserem eu mostro. E não se falava mais no assunto.


 A TAP E O RESTO


O novo ministro das Infraestruturas e da Habitação, João Galamba, ficou naturalmente satisfeito pelo facto das conversações com os sindicatos dos trabalhadores da TAP, estarem a correr bem. Evitando-se assim, novas greves. O que, claro, é positivo para os próprios trabalhadores, para a empresa e para o país. Mas depois, como se sabia, estragou tudo ao afirmar que isso também era muito positivo para o processo da sua privatização. Referiu mesmo prováveis interessados; a Air France, a KLM e a Lufthansa.

A TAP, podia e devia ser o rosto de Portugal no mundo. Uma empresa pública beneficiando o povo, o pais, e da qual nos podíamos orgulhar. Não é assim, por dois motivos: primeiro, porque tem tido uma gestão ruinosa. Segundo, porque os dois partidos que se alternam no Governo, PS/PSD, estão interessados na sua privatização. Como estiveram, aliás, na de tantas outras grandes empresas. Subtraindo assim, ao Estado, uma importantíssima fonte de rendimentos. Ficando este, só quase com os impostos dos contribuintes. E mesmo estes, bem leves, para os grandes grupos económicos, garantindo-lhes elevados e crescentes lucros mesmo em tempos de pandemia e de guerra na Europa. Depois, claro,não há dinheiro para a Segurança Social, para o Serviço Nacional de Saúde, Ensino, Forças de Segurança, para os trabalhadores da Função Pública, professores, médicos e enfermeiros, etc.

Temos ainda os diversos “casos” que já levaram, neste ainda tão curto espaço de mandato, à demissão de uma dúzia de secretários de Estado e um ministro. Mas, essencialmente, o que importa, são as políticas deste Governo/PS de maioria absoluta. E o resultado destas, está bem à vista. Sobre o qual, já demos aqui uma amostra. Mas falta-nos falar da guerra, a da Ucrânia, porque há outras esquecidas. Sobre a da Ucrânia; o Ocidente, liderado pelos EUA e a sua NATO, contra a Rússia, como se constata, depois de tantas reuniões e cimeiras, nem uma palavrinha sobre a paz. O que se verifica, são armas e mais armas cada vez mais sofisticadas e poderosas para satisfazer a vontade insaciável de Zelensky que quer vencer uma das duas mais poderosas potências nucleares do planeta, a Rússia. A vontade de Zelensky, e a do ocidente! sobretudo dos que o lideram, para desgastar a Rússia e, quiçá, colocarem no poder em Moscovo, uma marioneta como a da Ucrânia.

A ex-chanceler Ângela Merkel e o presidente francês François Holland, foram bem claros em relação aos Acordos de Minsk, os tais que podiam ter posto fim ao conflito: “uma forma de ganhar tempo para militarizar a Ucrânia tendo em vista o confronto contra a Rússia”.

Esta guerra imperialista cujo perigo pode ir até ao Apocalipse, que o Governo do PS, com apoio do PSD, IL e Chega, apoia. Ainda agora, até pela boca de Zelensky, foram também prometidos 4 tanques de guerra.

Finalmente dizer que não estamos fatalmente “condenados” a governos do PS ou do seu mano siamês, o PSD. Há outras alternativas. Nomeadamente, a mais expressiva e consequente, a do PCP/CDU.

Francisco Ramalho

Publicado hoje no jornal "O Setubalense"

Das boas maneiras

 

“RESPEITINHO”

 

O respeito não é bonito nem feio

Rege a convivência da cidadania

De nada vale essa estúpida mania

Que com rispidez se ganha o respeito...

 

Mesmo que finjam aceitar-lhe o jeito

De abusar da prepotência como guia

Aos poucos vai fermentar a rebeldia

Que torna caro o tolo preconceito.

 

Não confundam o respeito com medo

Que sempre leva a tramar em segredo

Maneira de castigar o opressor;

 

Não creiam que podem ser respeitados

Oprimindo sempre os subordinados

Para viver dos ganhos do seu suor...

 

Amândio G. Martins

 

 

segunda-feira, 30 de janeiro de 2023

Haja dinheiro...

... dos contribuintes para pagar eventos, que significativamente só dizem respeito à igreja católica. Én indigno arcar com mais de 5 milhões de euros, num palco-altar para a Jornada Mundial da Juventude(JMJ),sendo uma obra faraónica, que choca de frente com a dita frugalidade do Papa Francisco. Qual foi o caderno de encargos, que o nosso país se comprometeu com o Vaticano e a JMJ? Que eventos se irão realizar depois naquela estrutura? Nenhuns, dizem entendidos. A nossa Constituição proclama a laicidade, na prática não há, havendo sim uma continuada submissão à hierarquia da igreja. O Estado compromete-se a pagar mais de 35 milhões de euros(!), fora o audiovisual e por aí fora. Estas extra-ordinárias somas são uma afronta a quem vive no limiar da pobreza (números reais, 4 milhões!), ao SNS, aos docentes e não docentes, ao défice nas prestações sociais etc. etc. Estas obras apressadas são para esconder e justificar custos derrapados?! O evento custará mais de 160 milhões de euros e não contando com a justa requalificação daquela área, é a igreja católica (que é tão rica que não sabe o que tem), que o deve custear. Ponto! É imoral, quem é de outras religiões, agnósticos, sem-fé, sem-religião e ateus, que contribuam com o que quer que seja. O presidente da República mistura a sua convicção pessoal, como beato católico, e a sua figura institucional. Não foi, mais uma vez, o presidente de todos os portugueses, tendo ficado mal na selfie... Os católicos de bom-senso criticarão duramente a sua igreja, porque não foi fiel aos valores que apregoa. A hierarquia católica sempre viveu acima das nossas possibilidades!

EUCALIPTO DE CONTIGE, árvore portuguesa de 2023



A árvore portuguesa de 2023, é um eucalipto, situado em Contige, na freguesia e concelho do Sátão, no distrito de Viseu, ao vencer o Concurso Nacional de Árvore do Ano de 2023, organizado pela União da Floresta Mediterrânica, e que será o representante de Portugal no concurso europeu. A candidatura foi apresentada pela Junta de Freguesia de Sátão.

O eucalipto de Contige, ficou em primeiro lugar com 3046 votos e no segundo lugar ficou uma azinheira de S. Brás de Alportel, com 2879 votos, na votação efectuada online, que abrangeu dez árvores.

O eucalipto de Contige, tem o nome científico de «Eucalyptus globulus», tem 43 metros de altura, 12,8 metros de perímetro no tronco e o diâmetro médio da copa é de 40 metros. Terá sido plantado em 1878 e é considerado um dos maiores eucaliptos classificados em Portugal.

O eucalipto de Contige fica situado na Recta do Pereiro, relativamente perto da estrada nacional n.º 229, que liga Viseu a Sátão. Já tem o título de árvore monumental, atribuído pela Autoridade Florestal Nacional e foi classificado como árvore de interesse público pelo Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas.



A vã glória de mandar


Desde 1920, e durante 13 anos, vigorou nos EUA a denominada Lei Seca que, ao invés de banir o uso de bebidas alcoólicas, acabou por originar o florescimento de um comércio selvagem, logo abocanhado por grupos criminosos. Estou em crer que os ímpetos proibicionistas que levam algumas organizações europeias a tentar recolher um milhão de assinaturas, na UE, numa petição que visa conduzir à proibição da venda de tabaco a, entre outras, pessoas nascidas a partir de 2010, se revestem do mesmo "fundamentalismo" que levou a administração americana a implementar aquela medida.

Não releva, para o caso, que eu seja fumador, tendo até nascido na primeira metade do séc. XX. Contribuo, sempre que possível, para que o hábito de fumar seja desaconselhado. Mas não deixo de me perguntar se a “férrea” vontade destes cavaleiros andantes do anti-tabagismo não passará de mais um modismo, rebocando um milhão de vontades no meio de mais de quase 500 milhões de outros habitantes. Representativo? Talvez…

A quem serviu a Lei Seca? A Al Capone e a outros criminosos como ele. Quanto aos totalitarismos… cuidado, que eles revelam-se onde menos se espera.

domingo, 29 de janeiro de 2023

JUSTO E LEGÍTIMO PROTESTO DOS REFORMADOS

O governo/PS decidiu não aumentar as pensões em 2023 de acordo com a lei em vigor, que estabelece que a actualização deve considerar o valor da inflação verificada no ano anterior, que em 2022 rondou os 8%. O governo/PS deu mais uma machadada no direito de milhões de portugueses a envelhecer com dignidade e qualidade de vida.

Os reformados levaram um corte superior a 3% na pensão mensal, o que nas actuais circunstâncias de preços de bens essenciais sempre a subir, constitui um sério prejuízo, já que a grande maioria das pensões têm valor baixo e insuficiente.

O argumento governamental/PS foi um adiantamento de metade do valor da reforma, efectuado em Outubro de 2022, para tentar fazer frente à brutal escalada de preços e que seria compensado com o corte em 2023.

O governo/PS, além do mais, discriminou os reformados, ao não seguir o mesmo critério que aplicou no apoio extraordinário atribuído a trabalhadores activos e famílias, não sujeito a qualquer compensação, aplicando um corte e diminuição no valor das reformas a que tinham direito a partir de janeiro de 2023, como forma de reembolsar o adiantamento de Outubro de 2022.

É justo e legítimo o protesto dos reformados.



Tão isenta que ela é...

 

“A gritaria sobre o altar do Papa mostra bem o estado a que chegamos. Quando tudo é suspeito e todos merecem desconfiança, a verdadeira culpa morre solteira, mas a lama suja todos aqueles que estão na esfera pública e o medo tolhe qualquer sujeito que se preste a tomar uma decisão. Haverá sempre quem lhe aponte o dedo, quem torça o nariz e questione a verdadeira motivação da escolha assumida. E a alternativa a ficar com essa sombra colada à pele é fugir a cargos públicos ou, assumindo-os, nunca deliberar, nunca apontar caminhos, nunca apresentar soluções”.

 

Quem escreveu o parágrafo acima foi “Santa” Joana Petiz - não princesa -  Directora do carderno “Dinheiro Vivo”, que sai aos sábados com o JN. Concordo inteiramente com o seu lamento, mas tenho pena que ele não seja puro, que ele só tenha acontecido porque a polémica do palco atinge um dos seus “meninos bonitos” – o génio raro que preside à Câmara de Lisboa - sempre louvado e protegido da venenosa verborreia que despeja abundantemente contra os actuais governantes e tudo que seja de esquerda.

 

De facto, mesmo ao lado da contrita oração do referido parágrafo, deita abaixo António Costa, como de resto vem fazendo semanalmente, desde o início da actual legislatura, como já o fazia na anterior, com ele e toda a sua equipa governativa - mas agora “traumatizada”  com aquela vitória, certa de que seriam os “seus” que ganhariam a corrida -  servindo-se desta vez do que disse o chefe de Governo acerca do prazo que há para concluír as obras do metro de Alcântara, terminando o mimo com a polidez de sempre: “No fim de contas, não temam, Costa há-de usar o dinheiro até ao último cêntimo, nem que seja em rotundas”.

 

Amândio G. Martins

sábado, 28 de janeiro de 2023

 IMPERDÍVEL


O JN informa, e para leitores assíduos e apreciadores da "sétima arte", como é o meu caso, não há desculpa para o "não sabia".

Mystic River, o melhor filme de sempre, contado pelo mestre Clint Eastwood, hoje, na TV Cine Edition às 19,45h. Não me canso de ver e rever.


José Valdigem

Ver claramente visto

 

IMAGEM vs PALAVRA

 

A imagem não vale mil palavras

Quase sempre precisa de legenda

Para que uma maioria a entenda

Havendo menos pessoas frustradas.

 

As imagens devem ser explicadas

Para que quem o queira as compreenda

Ignorando o “sabichão” que pretenda

Exibir-se em explicações erradas.

 

Para as exposições aproveitadas

Apresentem-nas bem organizadas

Para poderem ser compreendidas;

 

Mostrando-as com pouca proficiência

Aqueles que lá vão com exigência

Farão ideias depreciativas...

 

Amândio G. Martins

 

 

sexta-feira, 27 de janeiro de 2023

Todos têm opiniões sobre tudo

 Todos por cá têm opiniões sobre tudo e sobre nada.

Qualquer novidade,  notícia, suposta notícia, que de repente é lançada ao conhecimento "Nacional ", passa a ter que ter a opinião sempre dos mesmos e de mais uns quantos e quantas.
P,ara terem espaço,  para aparecerem nas televisões,  para baralharem mais o Nacional, que já está por demais baralhado.
Quem isto escreve, não sabe nada de nada de Futebol, de Bolos, do Palco para o Papa na Jornada da Juventude. E de muitos mais temas.
Não percebe, não tem que entender, e há temas até que não tem interesse em saber.
Mas se for para mal-dizer,  para criticar,  atacar alguém, essencialmente do Poder, tantos sabem sempre de tanto, tanto, tanto.
E depois insistem nos mesmos argumentos seja em que tema possa ser, para se mostrar entendidos.
Sabem de tudo, de covid-19,  Futebol,  Qatar, jornada da juventude,  e claro , no Parlamento os deputados do contra , gritam, e então as duas extremas, ficam em total estado de exaltação e excitação.
Quando se falará muito menos, quando se ouvirá mais? Temos dois ouvidos e uma boca  .
Quando se estuda , lê,  para até saber ler, até saber escrever?
E deixar de seguir tudo atrás do caso e do casinho do dia. E haver a humildade de dizer,  não percebo nada disso.

Ou não ou não ou não ou não ou não ou não ou

No Algarve

Augusto Küttner

EM ENTREVISTA RECENTE...


 Em entrevista recente (24.01.2023) à agência de notícias Associated Press, o Papa Francisco afirmou que «ser homossexual não é crime, mas é pecado». Segundo o Papa Francisco os homossexuais correm o risco de ir para o inferno… embora exista sempre o recurso à confissão…

 ESTAMOS TODOS AINDA MAIS AMEAÇADOS


Em vez da paz, a guerra. O Ocidente cerra fileiras contra a Rússia. O senhor z, diz que a quer vencer. Tanques do mais sofisticado que há, e outros poderosos engenhos bélicos como misseis patriot, estão prometidos. Até o Governo/Costa/PS, segundo o senhor z, vai enviar tanques. 

Evidentemente que os russos não ficarão de braços cruzados. E os ditos, mais os ucranianos, especialmente os russófonos do Donbass, estão ainda mais ameaçados. Mas não só eles! Quando de um lado e do outro estão as maiores potências nucleares do planeta, quem é que pode ficar descansado? Sobretudo nós, europeus, não estaremos também ameaçados? E o senhor z quer mais! Quer também misseis de longo alcance e aviões. O senhor z, é insaciável. Só não quer é resolver os legítimos direitos de autodeterminação das populações do Donbass. A Essas, quer é continuar a pôr-lhe a pata em cima como fez até chegarem os russos, eliminando 15 mil deles. Não quer, portanto, acabar com a guerra. E o “Ocidente”, com os USA e a sua NATO a capitanearem, querem pelo menos colocar no poder em Moscovo, uma marioneta como na Ucrânia. 

Veremos no que é isto vai dar. Boa coisa não é de certeza.

Já se ouvem as trombetas dos cavaleiros do Apocalipse à desfilada.

Francisco Ramalho


PS- Como se constata em artigo agora aqui publicado sobre a matéria, continua a haver uma exceção ao apelo feito ao bom senso. Por isso, acrescento ao texto: Com o apoio venenoso que aqui continua de quem dá vivas a nazis.


Devagar, devagarinho...

 

A patifaria “militar especial” que a hedionda bicharada russa maquinou com o fim de aniquilar o valoroso e patriota povo ucraniano está quase a completar um ano; era coisa para uns dias, só para punir a hostil liderança ucraniana, as forças “nazis” que a defendiam e destruir-lhes o arsenal com que pretenderiam acabar com a Rússia, foi essa a trafulhice com que o patife-mor vendeu a ideia à massa-bruta dos seus alienados apoiantes, dentro de portas e para lá do seu território, onde também os há de sobra, um pouco por todo o lado.

 

Um ano decorrido, o que está à vista do mundo inteiro é a destruição metódica e sistemática de tudo que possa sustentar a vida humana naquela terra; violadores e assassinos da pior estirpe, esmigalharam maternidades, creches, escolas, centros de cultura e comércio de alimentos, hospitais e toda a infraestrutura energética e produtiva, ao mesmo tempo que o "porta-voz" civil do bando, Dmitry Peskov, vai repetindo a cassete de que a Rússia nunca ataca alvos civis!

 

Entretanto, parecendo mais preocupados com as cotações da bolsa que com o sofrimento do povo martirizado, os decisores do mundo democrático a quem cabe garantir àquela corajosa gente todo o apoio de que precise, pensam muito devagar a melhor forma de concretizar as abundantes promessas; e o que realmente esperam os heróicos combatentes ucranianos é que lhes forneçam a ferramenta adequada para poder expulsar de vez da sua terra os criminosos, não pedem que vão para lá lutar por eles...

 

Amândio G. Martins

 

 

 

 

 

 

 

quinta-feira, 26 de janeiro de 2023

É fixe não ser educado

 Todos os princípios de suposta, alegada, presumível,  boa educação,  boas maneiras,  respeito pelo outro,  comportamentos civilizados em sociedade,  estão a cair a uma velocidade vertiginosa.

Já poucos restam, e estes ,já só são aplicados e aplicáveis pelos velhos e velhas.
E muitas,  muitos já facilitam.
Cada um  - velha, velho - que morre ,é menos um a utilizá-los, logo, vão desaparecer,  de vez. Em definitivo. Que útil aos mais novos.
Depois,  também já cá não estaremos para ver se resulta,  e se até é mais " cool" , que  o trauma da boa educação que achávamos,  sempre, indispensável.
Por certo é e será,  tudo mais simples,  mesmo em sociedade,  cada um agir,  actuar, " estar ", como lhe dar mais vontade,  mais jeito.
Por certo,  e já hoje se nota, há muitas vontades e jeitos em simultâneo,  cada EU tem o seu,  e parece,  ser fonte de alguma conflitualidade.
Mas porventura é só um problema nosso,  dos velhos que já não nos conseguimos habituar,  no pouco tempo , que vamos ainda por cá andar, " a meter nojo," ao que hoje é o dia a dia, a não norma, o normal.
Porventura,  os mais jovens,  é que têm razão,  em viver mais " à balda", sem  chatices de regras, de respeito,  de ouvir e não só falar, em escrever brasileiro em vez de português,  em ter sempre mais em atenção o EU , o outro,  quem?, é como será.
Como se fazia " antes" , já foi, já era, já não interessa. Passa com o tempo.
E nós velhos, vamos ainda estando,  dado que enquanto há qualidade de vida, devemos estar vivos e a aproveitar o melhor concebível e conseguivel, e,  cá nos assustamos com o que achamos menos bem, cada um fazer o que mais jeito dá e como melhor resulta a cada EU fica. Mas, é o que tem que ser.
Por certo com o evoluir do caminho outros princípios e regras serão aplicáveis,  e se calhar,  nós é que estamos redondamente errados e mais e mais que ultrapassados.
O tempo muda, o momento evolui. Deve ser o que está a acontecer.

Ou não ou não ou não ou não

Augusto Küttner

Precaução descabida

 

CINZAS

 

Alguém que conheço quer ser cremado

Se chegar o dia de ter que morrer

Receando que ninguém possa querer

Florir-lhe a tumba se for enterrado.

 

Anda com isso tão preocupado

Com o que entretanto deverá fazer

Por uma gaveta onde recolher

As sobras do cadáver estorricado...

 

Sugiro-lhe deixar recomendado

Plantarem no quintal ensolarado

Uma das árvores que eles gostarem;

 

Despejavam-lhe as cinzas nessa cova

Escolhiam a planta ainda nova

E talvez cuidando-a o recordassem...

 

Amândio G. Martins

 

 

quarta-feira, 25 de janeiro de 2023

Ter meios para, é tão importante como ter o que comprar

 

Ione Belarra foi uma das figuras impostas a Pedro Sánchez pelo partido “Unidas Podemos” para que, no início da actual legislatura, pudesse formar o Governo de coligação que, mais abalo, menos abalo, lá se vai aguentando, embora as senhoras do referido partido o “desacreditem” a toda a hora, ouvindo constantemente das Direitas que não é capaz de impor a sua autoridade de chefe às ministras esquerdistas, que o “impiden de gobernar como los españoles se merecen, mas Sánchez risse-lhes na cara, porque sabe bem que o que eles “querem e lulas”, querem é provocar a queda do Governo.

 

E a ministra Belarra, em ambiente de pre-campanha eleitoral para municipais e autonómicas, iniciou agora uma luta quixotesca contra as grandes comercializadoras de alimentos e outros bens essenciais às populações; começando pelo grupo “Mercadona”, a senhora chamou ao seu presidente, o velho Juan Roig, “capitalista despiadado, hay que frenarle los piés”, ao que o homem lhe respondeu que “los empresários somos los que creamos riqueza e bienestar”.

 

A verdade é que, penso eu, tão importante como dispor de meios para comprar o que nos faz falta, é haver nas lojas o que precisamos, e vai havendo, com mais ou menos especulação; e voltando às exigências daquela ministra espanhola, para que as grandes superfícies coloquem ao alcance dos menos abonados a “cesta básica de la compra”, é interessante ver pela nossa televisão portugueses que vivem na raia ir comprar a Espanha e afirmar que poupam, na tal “cesta básica”, à volta de cem euros de cada vez...

 

Amândio G. Martins

O era-não-era


Parece uma dança de doidos aquela a que os governantes europeus dedicam tempo precioso tentando decidir, de uma vez por todas, se estão ou não de acordo com o envio dos famosos tanques Leopard para a Ucrânia. Já custa ver o espectáculo, e mais custa ver que alguns responsáveis nos aparecem quase diariamente a assegurar que a Europa nunca esteve tão determinada e unida. Será mesmo assim?

Segundo os dogmáticos da defesa até à última gota de sangue (dos ucranianos…), devem-se utilizar todos os meios para derrotar a Rússia. O desejo é compreensível, embora encerre em si um vício de formação, dado que ignora olimpicamente o que virá a seguir. Mesmo que Putin se “evapore” após a derrota, nada nos garante que possamos ter por lá um governo “amigo”. O cenário poderá até ser mais feio do que o actual e, nesse caso, mesmo que as reservas nucleares não sejam tocadas, vamos viver do lado de cá fazendo de conta que, lá, não está ninguém? Não seria recomendável uma pitada de pragmatismo?

terça-feira, 24 de janeiro de 2023

Paz, para ter uma vida mais normal

 Estamos a sentir mais e mais , a cada dia, os efeitos da Guerra na Ucrânia,  provocada por Putin.

E , se directamente, haverá morte e destruição na Ucrânia,  indirectamente a Europa está, e se assim continuar , irá piorar,  a ter aumentos constantes de preços em produtos alimentares, essenciais,  face à escalada do custo de energia,  dado  que a  Frau Merkel,  enquanto Chanceler alemã nos colocou dependentes de Putin.
E implicitamente na falta de matéria prima em variados sectores , desde material hospitalar, medicamentos,  construção civil,  maquinaria genérica,   veículos , tudo o que faz atrasar o normal desenrolar das nossas vidas, com tendência a agravar-se, e muito.
Se , se prolongar a Guerra indefinidamente,  só para agradar ao omnipresente Presidente da Ucrânia,  ao falhado ex primeiro-ministro britânico,  e a mais uns quantos que estão em manobras de divagações , tudo se vai continuar a agravar.
Ou se negoceia a Paz já,  e mesmo assim,  já tarde, ou vamos heroicamente prolongar a Guerra,  desmilitarizar ainda mais a Europa,  agravar preços de tudo,  haver cada vez mais faltas de tudo.  E não saber , se em desespero o que fará o louco do Presidente da Federação Russa.

Isto , aqui e agora escrito,  não deve ser feito,  não deve ser dito, dado que o pensamento actual único europeu ,obriga a eternizar a guerra.  Mas ainda, até ver, estamos em liberdade e democracia.

Ou não ou não ou não ou não ou não ou não

Augusto Küttner

Sempre EU depois os outros

 EU ,tenho direitos, os outros têm deveres.

EU , estou sempre primeiro,  os outros estão onde tiverem e quando tiverem lugar ou espaço, para estar.
Se carrego, EU, no botão do elevador,  se este chega , entro, não me compete saber, nem quero, se está cheio, se alguém vai sair, EU quero e entro. Ponto.
Seja de automóvel,  seja a pé,  quando EU quero ir daqui para ali, como o caminho mais curto entre dois pontos é a recta,  é esse percurso que vou e quero fazer.
Se tenho que ir pela rua e pelo passeio,  se tenho que ir em sentido proibido,  isso não é problema MEU, tenho o direito de ir, quem não estiver bem, afaste-se.
EU , tenho direitos,  EU, uso os Meus direitos.
Se vou de automóvel e só tenho que ir tomar café,  ou comprar tabaco,  estaciono , EU, onde e como me ficar mais próximo do local onde quero ir.
Ali, parece haver uns palermas que se incomodam , que buzinam, por EU ter estacionado em segunda fila,  problema deles, é rápido.
Quem está mal, muda-se, vai por outro local. Não chateia.
EU , tenho direitos,  EU, uso todos os meus direitos a bem ou a mal. 
Deveres? Quê? Não,  nada disso. Isso é com os outros,  ou então,  façam como EU, não sejam lorpas.

Ou não ou não ou não ou

Augusto Küttner

Estará desactualizado ser-se educado?

 Nunca, confundido Instrução com Educação, dado a primeira servir para se instruir na “Infantil, Escola, Secundário, Faculdade”! E, a segunda para se saber comportar em sociedade, recebida em “casa, família, comunidade”, estará, esta, hoje em causa, se mantivermos alguns dos padrões que veem de traz, ou se já está tudo tão, mesmo tão desactualizado, pronto a deitar “fora”!

E cada uma, cada um faz o que lhe der na “gana” e está feito. Talvez seja muito o que o momento “exige”, quando o “eu” é o que mais interessa, o que mais conta.

Confeitaria, paga-se ao balcão e sendo um espaço pequeno, não é problema fazê-lo depois e não antes de ter consumido, que nos é levado à mesa.

Forma-se a fila normal nestas circunstâncias, mas onde há sempre um ou uma xico-espertinho/a que tenta furar.

Na dúvida se, se está primeiro ou uma jovem, pergunta-se a esta, que diz que não está primeiro. Notando-se estar grávida, diz-se para ir à frente, e a resposta é curiosa e que já se ouviu noutras situações, nomeadamente, quando nos devem dizer “obrigado” e não dizem, dado : já não se usar!

E a contra-resposta é : ser velho, sempre ter feito assim, pelo que até faz sentir mal não continuar, pelo que fica à frente!

Mas vai , quem ficou à frente, dizendo que não era necessário, até porque tem tido uma gravidez muito boa, não era “de todo” necessário.

E, fica-se mais desconfortável em ter sido “educado”, em vez de “abrutalhado”, e com a igualdade, e tudo o mais, não ter ficado à frente

E, dá para congeminar , que de facto muito do que fomos - nós agora, velhos - fazendo ao longo da vida, já não se usa.

Todavia, não ocupava espaço, não era anti-democrático, não era machismo, quando um velho ou velha entrava num espaço público e não havia lugar sentado, ceder o nosso caso o estivéssemos, sentados. Deixar sair antes de entrar, onde quer que fosse, até por ser mais evidente, mais eficaz e menos egoísta.

Dizer bom dia, boa tarde, boa noite quando se chega a um local onde estão mais pessoas, usar “faz favor, obrigado, não tem de quê”. Não era nocivo, não era grosseiro, e quiçá fosse mais educado.

Agora, vale tudo, essencialmente o que der mais jeito ao “eu”. Têm-se imensos direitos, e nenhuns deveres.

Se vamos a pé no passeio, teremos a certeza que se alguém vier em sentido contrário nunca se irá desviar. Se vier uma bicicleta, uma trotineta, tem que passar, mesmo que não deva ali circular nos passeios.

Se vamos a sair do elevador e alguém quer entrar, este/esta força a passagem, sem nos deixar sair, o que se torna até, ridículo senão incómodo.

Se estivermos na fila do supermercado e abrir mais uma caixa , sendo dito por”ordem de chegada podem vir para aqui”, é certo e sabido, que o último ou última que chegou vai ser o primeiro/a a ir, e se , se disser alguma coisa, vem logo insulto.

Já não se gosta de ser educado, porém, sê-lo até ver, ainda não é proibido, pelo que enquanto não nos esquecermos, não ficarmos totalmente acomodados à selvajaria, ou xexés, iremos tentar, tentar manter algumas regras de educação, mesmo contra-ciclo temporal.


Ou não ou não


augusto Küttner

De gente só terão a figura

 

Mais de 1600 casos de violência contra profissionais de saúde foram registados no ano anterior, lê-se no JN, uma desgraça que vem crescendo de ano para ano, e isto, tal como nas escolas, nunca se resolverá com “panos quentes”; sabemos que também há profissionais indignos de exercer tão nobres profissões, mas nem são esses os que vêm sofrendo violência.

 

Os agressores poderão ser, nalguns casos, gente com doença mental, mas a grande parte são simplesmente pessoas mal formadas, que abusam dos direitos e liberdades, e como os cuidados de saúde e a escola para os filhos não são pagos, tendem a tratar o pessoal que faz funcionar os inestimáveis serviços que o Estado oferece à sociedade como sendo seus criados em regime escravo, devendo submeter-se a todas as suas taras.

 

A minha “solução” para isto poderá parecer extremista, mas estou convencido que se os agressores soubessem que para esses actos de selvajaria havia castigo condizente, sendo que um deles, para além do reparo aos ofendidos, era não poder usufruír daqueles serviços, temporária ou definitivamente, conforme a gravidade do acto, tão graves ocorrências desapareceriam na sua grande parte...

 

Amândio G. Martins

 

 

Carris Metropolitana, a mãe dos incumprimentos

A Carris Metropolitana (CM), circula na margem esquerda do Tejo, desde o último semestre com muitos milhares de clientes em protestos pelos repetidos incumprimentos dos horários. As consequências desta irresponsabilidade/incompetência, já é dramática e a CM, além de não prestar informação atempada nem compensa quem foi despedido por falta de comparência no local de trabalho, pela ausência diária de transportes. Na margem norte do Tejo, a situação repete-se(!). Gente profissional tiraria ilações e não iniciava horários alargados novos, com falta de motoristas. Era preferível não terem alterado horários, sabendo da insuficiência de motoristas. Nesta abrangente área, no concelho de Sintra, a maior em termos de extensão, o que se tem verificado na zona rural é inqualificável! Desde o dia 1 de Janeiro do p.p. as supressões são constantes e diárias(!), na carreira 1245, entre Catribana e a Portela de Sintra e vice-versa. Por mais de uma vez estive, à espera de autocarro, para além de 3 horas, que não apareceu... gente antiga, estudantes e trabalhadores(as) esperam e desesperam. O governo transfere largos milhões de euros para que o transporte público funcione, está ao corrente desta miserável situação? Dizem-nos, e bem, que devemos usar o transporte público, mas esta má prática da CM e da Transportes Metropolitana de Lisboa, desincentiva, que assegurou condições para que os horários pudessem ser praticados em 1 de Janeiro, dado haver motoristas(!). Face ao exposto, isto é uma grosseira mentira! Numa sociedade onde a cidadania imperasse já tinha havido manifestações de rua e, no limite, tratamento judicial pela inconformidade lesiva... assim, o município de Sintra, que também é parceiro interessado, na pessoa do seu presidente, Basílio Horta, o que tem para dizer sobre toda esta trapalhada, também imoral? O desrespeito e o abjecto desprezo pelas pessoas antigas, pelos estudantes e por quem labuta no dia-a-dia pelo ganha pão é indigno!

segunda-feira, 23 de janeiro de 2023

Automóvel em contra mão , cheio de razão

 Sábado de manhã,  muito menos movimento que de 2feira a 6feira,  a circular normalmente numa rua da cidade do Porto.

Aparece em contra-mão,  um automóvel,  é uma rua pequena,  estreita, de um só sentido e onde de facto só passa uma viatura, de cada vez.
Pára-se, fica-se frente a frente,  do outro automóvel sai um tipo pelos quarentas , forte,  que " sem mais, berra :queres alguma coisa "?
Sem abrir o vidro,  de portas trancadas, sinal  com as mãos,  " continuar a ir em frente. " Continua a berrar :" queres alguma coisa".
É relativamente cedo, não está a passar ninguém.
Analisa-se , pelo retrovisor,  a hipótese de recuar, mas entretanto o indivíduo entra no automóvel,  e recua, só de forma a deixar passar.
Passa-se, o condutor exemplar,  volta a sair do veículo e a berrar " queres alguma coisa".
Não se responde, não se reage, e vai-se para as compras de supermercado.
Isto, é também o novo normal, demasiado normalizado e ainda mais permitido.

Ou não ou não ou não ou

Augusto Küttner

PSD, BE , IL a dar força ao Chega

 O desatino em que Bloco, Iniciativa Liberal e PSD entraram é tal, que ao alinhar na filosofia dos casos e casinhos,  maná de um jornal sensacionalista,  que os restantes órgãos de comunicação social seguem obstinadamente , para tentar derrubar o Governo do país,  empurra este para o colo do Chega .

O Chega não tem programação, que não  seja dizer mal, berrar, criar confusão,  e nisso é exímio.
O PSD,  BE,  IL   - o PCP tem tido mais cuidado   - vão atrás,  vão a reboque.
E quando se desenterram casos com mais de 5 anos, que já foram noticiados, investigados e não deram em nada, só para amesquinhar membros do Governo,  quando em simultâneo casos mais recentes,  podem chamuscar o actual chefe do maior partido da oposição e este diz serem falsos,  mas as outros são verdadeiros,  algo de estranho está a acontecer.
E, estão-se a ouvir e a ler frases, ditas pela entendida em financas do Bloco e pelo chefe do Chega ,exactamente iguais,  tanto faz ser um ou outra ,é igual . Estranho ou nem por isso?
Quando o  chefe do PSD viaja pelo país e não diz ao que vai, o que aprendeu,  o que se propõe fazer, só espera mais um caso contra o governo, para atacar.
Tudo isto junto,  ao molhe, é dar tudo de mão beijada ao Chega.
Chega que existe para isso mesmo, e com a exaltação do momento enche os pulmões de ar,  e berra pelos outros todos e com os outros todos.
Enquanto estiver em Belém,  Marcelo Rebelo de Sousa,  nunca haverá o perigo de um governo do Chega,  a não ser que haja um golpe militar,  e a União Europeia tão virada para manter a Guerra na Ucrânia, se esqueça de Portugal.
Assim,  nos anos próximos ainda não será a extrema direita a governar,  depois, depois,  se BE,  PSD,  IL continuarem nesta onda e todosos jornais e telejornais,  em casose casinhos, teremos Chega, que chegue, e silêncio forçado a todos e todas que não estejam chegados, de peito e alma,  ao Chega.

Ou não ou não ou não ou não

Augusto Küttner

A reciclar casos para mal-dizer

 Estamos a querer entrar numa imperiosa e exagerada necessidade de maledicência,  de arranjar casos e casinhos. A cada dia ,mais um.

E a conseguir.
E como todos estamos com a memória reduzida ao que aconteceu a semana passada, e ávidos de sangue,  vale tudo.
Os dois casos mais recentes são mais que reciclados. Recuperados, revividos.
Fernando Medina é de 2018, foi longa e minuciosamente escrutinado por um bom jornal, o Público,  e nem Medina foi constituído arguido,  nem a Justiça,  tratou do caso, passaram 5 anos, e dado não haver novidades, vai-se repescar um antigo .
E o chefe do maior partido da oposição dá pulos de alegria, feliz e contente, dado que não tem nunca, nada a dizer, já lhe dão de bandeja discurso para os telejornais do dia.
Outro, mais um, Paulo Cofofo, é de 2020, foi na ocasião amplamente noticiado, falado tratado,  e volta, agora?
Para quê,  porquê? Para denegrir os políticos? Para vender jornais? Aumentar audiências de telejornais? Dar espaço às Oposições?
E é isto que queremos para nós? Para o país? Para a Democracia?
Talvez seja a via errada,  destruídora, sem retorno? Mas

Ou não ou não ou não ou não ou não ou

Augusto Küttner

Professores não esqueçam os alunos


Todos gostaríamos por certo, de ter mais dinheiro ao fim do mês,  uma casa melhor,  um automóvel mais moderno,  férias mais longínquas, e segurança no futuro.
  Tudo " isto" humano e natural.
Mas, não é possível ter-se tudo,  se não houver um equilíbrio entre o que se recebe e o que se gasta.
E isto é para nós , todos, a nível pessoal,  para as empresas, para os Estados.
Ora ,se no caso,  os professores ",  exigem mais e mais", amanhã os trabalhadores do Metro,  depois os profissionais de saúde, e por aí adiante, sem haver mais produtividade  - que pode implicar menos pessoal, para fazer o mesmo - e sem aumentar impostos para cobrir despesas, o Estado colapsa.
E se o actual Governo não serve, democraticamente ,arranje-se outro que faça melhor.
Não Chega estar sempre a atacar, a dizer mal, a amesquinhar, a insultar, a berrar com tudo e todos,  sem um mínimo de propostas para fazer melhor,  mais ainda, de partidos que querem privatizar tudo, acabando totalmente com a Educação Pública,  isso, faz parte do Programa do Chega,  que quase ninguém lê.
E também não resulta ir pelas esquerdas, esquerdas aumentar a despesa sem haver mais receitas,  dado que quem empresta, fecha a torneira.
O actual ministro da Educação está a fazer o possível e bem, claro que, se quem anda em constantes greves e manifestações só falar,  sem ouvir, ou só exigir,  exigir,  não é viável.
Para dar, dar, dar, nem é necessário haver ministro,  basta alguém que dê dinheiro a torto e direito a quem exigir. Ter uma conta bancária todos os NIBs e transferir,  transferir, transferir.
Entretanto os Alunos estão parados, já estão cumulativamente a não aprender,mas também a desaprender. 
Os pais e mães que não têm onde e como deixar a miudagem, estão a deixar de ganhar .
E os professores e restantes educadores  em greve,  devem conseguir obter meios de sobrevivência,  para poderem dispensar o salário normal mensal,  mesmo considerando-o insuficiente 
E é grave estarmos a sentir que os alunos já apreenderam menos nos confinamentos, face ao covid-19,  e agora estão a zero, e são idades em que facilmente se desabituam da rotina diária   ,e, efectivamente estão a desaprender.
Talvez , se calhar,  porventura haveria que ter mais atenção  com esta situação,  por parte de quem existe, para ensinar, se não, são dispensáveis, desnecessários.

Ou não ou não ou não ou não ou não ou não ou não ou não

Augusto Küttner

domingo, 22 de janeiro de 2023

GREVES DOS PROFESSORES

 Visão 19 a 25 Janeiro. 2023 - Augusto Küttner



Claro que não fica bem dizer isto, muito menos escrever, mas podemos, por certo, em democracia, em liberdade, educadamente, não entrar num pensamento único e universal, que é:


- se a fazem é por necessidade imperiosa; logo, estamos com a greve.


Sem ofender ninguém, podemos escrever exactamente o inverso: estamos com os alunos, que já estão há demasiado tempo sem aprender


Augusto Küttner 

Talvez que noutro planeta...

 

INGENUIDADE

 

Os ingénuos esperam governantes

Completamente isentos de pecado

Mas tal nunca foi sequer vislumbrado

Em nenhuma parte do mundo antes.

 

O que nunca faltam são os tratantes

Que sempre nos deixam um mau legado

Sendo o que mais vemos por todo o lado

Bem distribuídos e abundantes.

 

Mostram-nos ao que vão em pouco tempo

Esquecendo logo o “ressurgimento”

Prometido para serem escolhidos;

 

Ainda não aqueceram o lugar

E logo os outros fazem acreditar

Que são piores que os antes despedidos...


Amãndio G. Martins


"Mas todo o semeador

Semeia contra o presente

Semeia como vidente

A seara do futuro

Sem saber se o chão é duro

E lhe recebe a semente".

Miguel Torga

 


 

 

 

 

 

sábado, 21 de janeiro de 2023

 CARO JOSÉ RODRIGUES


Como pode constatar, o senhor Górgias, depois de tanto veneno destilado indiretamente, desta vez foi mesmo direto. Assim como no insulto.

Evidentemente que não estão em causa, opiniões diferentes. Mas, como responsável do blogue, acha que o insulto poderá ser normal neste espaço?

Que acharão também os restantes intervenientes e leitores?

Um abraço para todos!

Francisco Ramalho


Catrapaz!

 

QUE O ENTENDA O DIABO

 

No absurdo dos toscos argumentos

Para defender o indefensável

Como essa invasão miserável

Escuda-se noutros cometimentos.

 

No fanatismo dos seus sentimentos

Compara o que em nada é comparável

Tornando o invadido responsável

Por serem seus os maus procedimentos.

 

Com tanta maldade comprometido

Repete a verborreia sem sentido

Como se os outros todos fossem parvos;

 

Doutrinado no mundo da mentira

Junta à dos agressores a sua ira

Contra os que se recusam ser escravos.

 

Amândio G. Martins

 

 

 

 

 

 

 A BOSTA NO TOPO DA ESTRUMEIRA


Esteve reunida em Davos, a fina flor do entulho. Perdão, do capitalismo.

Capitalismo que na sua fase superior de monopolismo, está a atingir o seu máximo esplendor. São imensos os exemplos, mas atentemos neste: 1% de multimilionários, detém tanta riqueza como 4 mil milhões de pessoas. Metade da humanidade.

Agora em Davos, um grupo deles, gente previdente, achando que a corda de tão esticada pode partir, com todas as consequências que daí poderão advir, incluindo, evidentemente, para eles, propôs que o Estado lhes aumente os impostos.

Embora à distância, quem  botou também faladura no conclave, foi o herói e democrata deles. O homem que afogou num banho de sangue (15 mil mortos), as pretensões legítimas de autodeterminação das populações russófonas do Donbass. Aliás, plasmadas nos Acordos de Minsk que o “herói e democrata”, com as costas quentes pelo império e seus aliados/subordinados, mandou para o caixote do lixo. O que, tudo isso, mais a pretensão da “sua” Ucrânia aderir à NATO, deu origem à invasão russa. Portanto, à expansão e intensificação da guerra.

Para além da propaganda anti-Rússia, o “herói e democrata”, o homem que ilegalizou todos os partidos da oposição, foi lá, claro, pedir mais armas. Criticou mesmo a Alemanha por não lhe fornecer mais tanques (os alemães já responderam; só quando o império também os enviar). Portanto o “herói e democrata” do império e do 1% , a cereja no topo do bolo, melhor, a bosta no topo da estrumeira, diz que quer derrotar a Rússia. E até, vergonhosamente, os social-democratas da UE, dão ouvidos e armas a este incendiário.

Não é isto que os media do 1%, dizem aos povos. Tal como na Jugoslávia, no Iraque, na Síria, na Líbia, diabolizam líderes/governantes, para justificarem as guerras de rapina e/ou de domínio estratégico. Portanto, através da propaganda, manipulam os povos.

Tudo isto, como se sabe, não é original. Já o outro, o do bigodinho e o seu braço direito para a propaganda, Goebbels, embora com menos meios, fez o mesmo e o resultado, foi o que se sabe; 50 milhões de mortos. Só que, agora, de um lado e do outro, há armas nucleares suficientes para eliminar umas poucas de vezes, toda a humanidade.

Portanto, era, é, imperioso toda a gente saber o que nos pode esperar.

É imperioso também, negociações para sanar o conflito, e os povos devem ter uma palavra a dizer. Por isso, temos o dever, há que fazer tudo, para que isso aconteça.

Francisco Ramalho





sexta-feira, 20 de janeiro de 2023

 INSACIÁVEIS


A bandidagem não dá tréguas! Tudo lhes serve para desacreditar a Democracia.

Honra lhes seja feita: são persistentes.

Desejo que ao chafurdarem na gamela imunda com cheiro a peidos de ratazana de esgoto, se infetem de vírus mortais, mas confinados ao seu espaço nojento e insuportável...


Relembrando: "Em Portugal não há partidos de direita, de esquerda, de nada. Há um bando de salafrários que se reveza no poder a ver quem rouba mais".
Saramago, dixit.




José Valdigem

Saco de gatos

 

A independência da Catalunha, pretensão de séculos de alguns acirrados catalães, para além de inviabilizada pelo Estado espanhol, cuja Constituição não permite sequer referendos com essa finalidade, vem mostrando também nos ditos “independentistas” os seus principais entraves; de facto, são tão antagónicos os vários grupelhos que pretendem separar-se de Espanha que, digladiando-se entre si, dão uma triste imagem do que seria aquela terra entregue às suas lutas fratricidas, ainda por cima sabendo-se que a maioria dos naturais da Catalunha não quer independência nenhuma da pátria-mãe, porque assim o tem mostrado os mais variados estudos de opinião.

 

“No surrender”, dizia ontem um cartaz com a foto de Carles Puigdemont -  que fugiu para não ser preso -  numa manifestação contra a cimeira franco-espanhola realizada em Barcelona, onde até um dos líderes da Esquerda Republicana catalã, Oriol Junqueras, foi insultado e assobiado por uma turba liderada pelos extremistas CDR, ditos Comités de Defesa da República, chamando-lhe traidor, e que devia estar na prisão; isto por ser moderado, não alinhando nas teses dos que exigem a independência a todo o custo, com derramamento de sangue, se for preciso, ele que esteve mesmo preso por ter sido envolvido naquela tentativa falhada de há uns anos, junto com vários outros, que originou que o Governo anterior, de Direita, aplicasse o artigo 155 da Constituição, que permite ao Estado Central intervir, e acabaram por ser libertados porque o actual Governo espanhol se empenhou nisso, com o objectivo de apaziguar os ânimos...

 

Amândio G. Martins