quarta-feira, 25 de janeiro de 2023

O era-não-era


Parece uma dança de doidos aquela a que os governantes europeus dedicam tempo precioso tentando decidir, de uma vez por todas, se estão ou não de acordo com o envio dos famosos tanques Leopard para a Ucrânia. Já custa ver o espectáculo, e mais custa ver que alguns responsáveis nos aparecem quase diariamente a assegurar que a Europa nunca esteve tão determinada e unida. Será mesmo assim?

Segundo os dogmáticos da defesa até à última gota de sangue (dos ucranianos…), devem-se utilizar todos os meios para derrotar a Rússia. O desejo é compreensível, embora encerre em si um vício de formação, dado que ignora olimpicamente o que virá a seguir. Mesmo que Putin se “evapore” após a derrota, nada nos garante que possamos ter por lá um governo “amigo”. O cenário poderá até ser mais feio do que o actual e, nesse caso, mesmo que as reservas nucleares não sejam tocadas, vamos viver do lado de cá fazendo de conta que, lá, não está ninguém? Não seria recomendável uma pitada de pragmatismo?

Sem comentários:

Enviar um comentário

Caro(a) leitor(a), o seu comentário é sempre muito bem-vindo, desde que o faça sem recorrer a insultos e/ou a ameaças. Não diga aos outros o que não gostaria que lhe dissessem. Faça comentários construtivos e merecedores de publicação. E não se esconda atrás do anonimato. Obrigado.

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.