terça-feira, 31 de janeiro de 2023

 A TAP E O RESTO


O novo ministro das Infraestruturas e da Habitação, João Galamba, ficou naturalmente satisfeito pelo facto das conversações com os sindicatos dos trabalhadores da TAP, estarem a correr bem. Evitando-se assim, novas greves. O que, claro, é positivo para os próprios trabalhadores, para a empresa e para o país. Mas depois, como se sabia, estragou tudo ao afirmar que isso também era muito positivo para o processo da sua privatização. Referiu mesmo prováveis interessados; a Air France, a KLM e a Lufthansa.

A TAP, podia e devia ser o rosto de Portugal no mundo. Uma empresa pública beneficiando o povo, o pais, e da qual nos podíamos orgulhar. Não é assim, por dois motivos: primeiro, porque tem tido uma gestão ruinosa. Segundo, porque os dois partidos que se alternam no Governo, PS/PSD, estão interessados na sua privatização. Como estiveram, aliás, na de tantas outras grandes empresas. Subtraindo assim, ao Estado, uma importantíssima fonte de rendimentos. Ficando este, só quase com os impostos dos contribuintes. E mesmo estes, bem leves, para os grandes grupos económicos, garantindo-lhes elevados e crescentes lucros mesmo em tempos de pandemia e de guerra na Europa. Depois, claro,não há dinheiro para a Segurança Social, para o Serviço Nacional de Saúde, Ensino, Forças de Segurança, para os trabalhadores da Função Pública, professores, médicos e enfermeiros, etc.

Temos ainda os diversos “casos” que já levaram, neste ainda tão curto espaço de mandato, à demissão de uma dúzia de secretários de Estado e um ministro. Mas, essencialmente, o que importa, são as políticas deste Governo/PS de maioria absoluta. E o resultado destas, está bem à vista. Sobre o qual, já demos aqui uma amostra. Mas falta-nos falar da guerra, a da Ucrânia, porque há outras esquecidas. Sobre a da Ucrânia; o Ocidente, liderado pelos EUA e a sua NATO, contra a Rússia, como se constata, depois de tantas reuniões e cimeiras, nem uma palavrinha sobre a paz. O que se verifica, são armas e mais armas cada vez mais sofisticadas e poderosas para satisfazer a vontade insaciável de Zelensky que quer vencer uma das duas mais poderosas potências nucleares do planeta, a Rússia. A vontade de Zelensky, e a do ocidente! sobretudo dos que o lideram, para desgastar a Rússia e, quiçá, colocarem no poder em Moscovo, uma marioneta como a da Ucrânia.

A ex-chanceler Ângela Merkel e o presidente francês François Holland, foram bem claros em relação aos Acordos de Minsk, os tais que podiam ter posto fim ao conflito: “uma forma de ganhar tempo para militarizar a Ucrânia tendo em vista o confronto contra a Rússia”.

Esta guerra imperialista cujo perigo pode ir até ao Apocalipse, que o Governo do PS, com apoio do PSD, IL e Chega, apoia. Ainda agora, até pela boca de Zelensky, foram também prometidos 4 tanques de guerra.

Finalmente dizer que não estamos fatalmente “condenados” a governos do PS ou do seu mano siamês, o PSD. Há outras alternativas. Nomeadamente, a mais expressiva e consequente, a do PCP/CDU.

Francisco Ramalho

Publicado hoje no jornal "O Setubalense"

Sem comentários:

Enviar um comentário

Caro(a) leitor(a), o seu comentário é sempre muito bem-vindo, desde que o faça sem recorrer a insultos e/ou a ameaças. Não diga aos outros o que não gostaria que lhe dissessem. Faça comentários construtivos e merecedores de publicação. E não se esconda atrás do anonimato. Obrigado.

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.