A IMPORTÂNCIA DE UM BRASIL DEMOCRÁTICO E EM PAZ
Embora com uma tarefa ciclópica pela frente devido à pesada herança cujos reflexos se fizeram sentir agora com esta selvática ação em Brasília nas principais instituições da democracia, revelando que a minoria privilegiada não quer perder os imorais benefícios que detém, manipulando o povo através de órgãos da comunicação social, das redes sociais e do obscurantismo religioso, apesar de tudo isso, com a tomada de posse de Lula da Silva, a esperança voltou ao Brasil, à América Latina e ao mundo.
Brasil, esse gigante que tem potencialidades para dar uma vida bem mais digna aos seus 215 milhões de habitantes e não apenas a uma ínfima minoria que vive no fausto enquanto mais de 30 milhões passa fome ou tem de emigrar.
Brasil, esse gigante que já conheceu a escravatura, a ditadura e onde a corrupção, a exploração, são endémicas e mães da injustiça, do arbítrio, da delinquência.
Brasil, cujo povo e a sua portentosa Amazónia, pulmão da Terra, nos últimos 4 anos, sob uma presidência anedótica e trágica, voltou a ser tão maltratado.
Brasil, que voltou a ter como seu principal timoneiro, o homem que tirou milhões de compatriotas da pobreza absoluta e que lhe deu a dignidade que merecesse e tem direito, na cena internacional.
Brasil, que agora neste mundo tão incerto e perigoso, com esta iníqua guerra em que a propaganda omnipresente, omite os antecedentes que deram origem à intervenção/invasão russa.
Brasil, que neste contexto e com o antigo operário e sindicalista instalado no Palácio do Planalto, cremos, vai ter uma palavra importante a dizer nas instâncias onde tem assento. Por exemplo, no MERCOSUL e nos BRICS (China, Rússia, Índia, África do Sul e Brasil) que não se subordinam ao imperialismo norte-americano e se opõem à sua estratégia de domínio global com os seus aliados, de que a guerra na Ucrânia faz parte, para desgastar e controlar a Rússia. BRICS, a quem se aproximaram a Turquia e o Irão. Sobre quem, em termos de democracia, já alguns leitores estarão a torcer o nariz. E com razão! Também nós o torcemos e apoiamos a luta dos respetivos povos contra o fanatismo religioso e a discriminação política. Por exemplo, sabiam que o Partido Comunista do Irão que tem a designação de Tudeh, está na clandestinidade?
Mas isso preocupa os auto-arvorados capatazes do mundo? Aliás, são acusados pelo Governo iraniano de instigarem e ampliarem a contestação. Assim como será pelos legítimos interesses do povo ucraniano que contribuíram para o início da guerra ao apoiarem o golpe de 2014 e não só, e agora a alimentam com milhares de milhões?
O que os preocupa, independentemente do regime de cada país, é se ele não se subordinar aos seus interesses estratégicos e económicos.
Portanto, o que interessa aos povos, é a cooperação e o respeito entre eles e os respetivos Governos. Só assim se assegura a justiça e a paz mundial.
Pela sua dimensão e importância, cremos que o Brasil com Lula na sua presidência, dará um bom contributo.
Francisco Ramalho
Publicado hoje no jornal, O Setubalense
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