quinta-feira, 23 de julho de 2015

A Democracia é uma batata

O título que encima esta opinião bem que podia ser - A Democracia é uma batota. Segundo o aborrecido Cavaco Silva, que exerce com ar de enfado e nariz de fedor, o cargo de presidente da República de Portugal - país posto de joelhos e visto de fora como agente traidor de solidariedades e conivente com patifarias à portuguesa- em Eleições nacionais não deveriam existir senão partidos políticos consensuais, ou seja, forças políticas que chegassem cedo e rápido à unidade nos programas e acções, e abandonasssem tudo aquilo que os diferencia. Diz aquele algarvio sem qualquer rebuço, que só na base do entendimento a seu gosto, e pensamento único como o foi ao gosto da ideologia salazarista(armadilhas do subconsciente), o governo a que ele dará posse terá a absoluta condição para levar o país adiante e fazê-lo recuperar do atraso para o qual ele próprio contribuiu, pois no passado foi ele quem mais anos governou e o trouxe ao estado em que ele se encontra hoje, reconhecendo deste modo o seu falhanço enquanto governante. Isto da Democracia ter vários partidos só cria divisões e confusões, atrapalha, e o melhor seria sem dúvida caminhar-se para trás até revisitarmos ou reintegrarmos uma União Nacional. Nessa irmandade não havia lugar a programas, planos, anseios e ideologias diferentes, plurais, que pusessem em causa o progresso da Nação. A Democracia só estorva quando é mais necessária a defesa de um só pensamento no caminho para se alcançar os objectivos a que todos se propõem mas em que só um dite as leis para que em nome do bem de todos, só satisfaçam os planos que fazem felizes uns poucos, como sempre aconteceu. O recado de boas intenções, sectário, influenciador,que Belém enviou através da múmia gasta, ao anunciar a data das legislativas a decorrer em outubro deste ano, parece ter saído do baú marcelista e até o tom da oratória dirigida aos... portugueses, fez recuar o tempo ao pesadelo. Este tipo de "aviso" não é surpresa antes uma confirmação sobre o carácter do homem que ocupa o mais alto cargo da nação, e que tanto agrada às forças conservadoras que ele apoia e a elas pertence e dá vida, e que em paralelo assusta o povo limitado, pisado e infeliz que os alimenta. Cabe a este mesmo povo no dia marcado dizer basta a tanta mentira e libertar-se do medo que tem feito caminho que o traz diminuído e embrulhado na desesperança, por um infrutuoso passado, reles presente, e hipotecado futuro.
 

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