Quase nove mil incêndios
até dia 15 de Julho. Quase mais cinco mil que em igual período do ano
passado.
Não se diz, não se fala, aparece fugazmente nas notícias.
É muito mais importante fazer propaganda, mostrar por
malabarismos grandes sucessos, marcadas melhorias, a ideia de que os salvadores
salvaram.
Um comentador certamente arregimentado faz a pergunta numa
das suas crónicas inverosímeis: “e não
será que as pessoas são estúpidas? “ Isto para dizer que não compreende
como o povo grego aumentou a sua aderência ao Syrisa apesar da incompetência da
política destes (palavras suas).
Ponho a mesma questão, desta vez para questionar se essa
possível estupidez - neste lado -não irá continuar a alimentar o regime como
ele está, reconhecendo nos modelos políticos e seus agentes, uma qualidade que
só num estado de doença mental pode aceitar-se, enquanto alucinação.
Está a desenhar-se a continuação do mesmo, seja ele o
vigente, ou o que propõe uma mudança, que não parece ter fôlego suficiente para
tornar credível o seu discurso.
Entretanto o mau exemplo continua a vir de cima: quando se
pede presença, ele refugia-se em mutismos no seu palácio pardo; quando seria
lúcido o afastamento, discursa e toma descarada e despudoradamente partido,
alienando os ouvintes.
Voltando aos incêndios, o País está a arder mas ninguém quer
saber, na sua estupidez natural foi a banhos fingir que não é nada com ele.
Quando voltar, em Outubro, se calhar não vai votar, ou vai colocar o seu voto
nos do costume, porque não é nada com ele.
Eles agradecem, basta a legitimação formal de um voto, para
lhes continuar a garantir o poder.
No
próximo ano em inicio de temporada, virá à conversa o tema dos helicópteros
Kamov, e pronto fica feita a conversa sobre os incêndios, depois disso o País
pode continuar a arder na maior das tranquilidades
O país está a arder por fora e por dentro das pessoas. É preciso uma grande dose de boa vontade para suportar tanta vigarice, tanta aldrabice, tanta mentira, vindas dos que nos governam e nos representam. A falta de competência para resolver ou minorar o grave problema dos fogos é igual a muitas das outra áreas. Dói falar de tudo isto. Um abraço lusitano.
ResponderEliminarPublicado hoje no jornal "Público", assinado por Luís Pires.
ResponderEliminarEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarO problema dos Kamov chama-se "submarinos e Pandur"... Os grandes governantes precisavam de um contra-ponto para as suas negociatas e aquelas máquinas russas de grande capacidade operacional estão criminosamente arrumadas, como se o fabricante as tivesse descontinuado... De facto, o que lá não faltam são peças para substituir as que se vão gastando!
ResponderEliminarAmândio
Caro Joaquim,
ResponderEliminarTodos os meus textos são assinados Luis Robalo, por estranhezas que desconheço, ultimamente assinam-me Luis Pires (que também sou).