segunda-feira, 20 de julho de 2015

Ecos do interior do nosso Portugal



Sempre que me desloco às terras que foram e são o meu berço – o concelho de Armamar –, mau grado a debandada de muitos milhares de pessoas e do abandono de bens pessoais e comunais, com muita ruína à mistura, tenho vindo a observar com muito agrado o remar contra a maré das autarquias e das forças vivas locais, na tentativa de inverterem o muito e delituoso esquecimento, marasmo e despovoamento a que tem sido votado todo o interior de Portugal, por parte do poder central.
A bem dizer, o Portugal do novo-riquismo, onde tudo é vendido a qualquer preço – sempre ao desbarato – não passa da estreita faixa de terra que é orlada por toda a costa marítima, que vai de Vila Real de Santo António até Caminha.
Assim, foi com muito agrado que estive presente, com parte da minha família, na agradável noite de 18/7, no bonito espectáculo de variedade, de solidariedade, levado a efeito pelo Grupo Uma Ligação, com o precioso apoio da CM de Armamar, a fim de serem angariados fundos para apoiar o trabalho prestimoso e humanitário da Liga Portuguesa Contra o Cancro.
É este o Portugal profundo, que é a alavanca perdida da alma lusitana deste povo português, que vai fenecendo se nada se fizer para mudar o rumo dos acontecimento negativos a que temos vindo assistir, mormente nas últimas décadas, com uma emigração que só enfraquece o nosso colectivismo milenar.
Vivam pois todos aqueles que fazem pulsar o interior da nação, pois é nele que habita o nosso coração.


José Amaral

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