quarta-feira, 15 de julho de 2015

Politica Passista

Todos sabemos que a arte de fazer politica não é para todos, porque para se dedicar a tão nobre arte, a pessoa tem de encontrar a verdade dentro de si, de modo a que quando transmite a mensagem as suas palavras reflitam a pureza do sentimento que a invade; depois é preciso possuir uma fibra de transparência que nos leva a enveredar pelo caminho da honestidade intelectual, que tem como objetivo final, fazer crer nos outros que realmente estamos ali para fazer valer as nossas ideias e princípios humanísticos, que nos tornam credíveis aos olhos da sociedade.
Mas, por vezes, queremos ser tão naturais que conseguimos obter a incrível proeza, de nos transformar em autênticos seres falsos, conduzidos por uma capa de aço ideológica, que nos vai moldar perante ideias que julgamos serem as reais, quando na verdade são um conto de fantasia ( um wonderland que muda por completo, a nossa maneira de estar e ser na politica).
Há pessoas que têm talento para outras coisas, que não a fazer politica; é legitimo e temos de aceitar e encarar esse facto com tamanha naturalidade. Não devemos ficar surpreendidos com tal forma e conteúdo, porque não somos obrigados a ser bons em tudo a que nos propomos.
No entanto, nas diversas formas e tipos de fazer politica, encontramos uma que se desenvolveu ao longo destes últimos quatro anos: a politica passista.
E o que é a politica passista? É uma forma de fazer politica que nos quer fazer acreditar que a realidade está muito bem quando na verdade está muito mal; é uma forma de fazer politica que usa e abusa das inverdades, sob o pretexto de com isso poder incutir uma falsa esperança de melhoria que não é mais do que isso: falsa; é uma forma de fazer politica que não se coaduna com os valores basilares da constituição da republica; é uma forma de fazer politica, onde o conteúdo propagandista vai ganhando outro èlan, que nos conduz a um abismo sem retorno, e onde as teias da imaginação vão ganhando outras "asas".
A politica passista, foi algo que se enraizou na sociedade e que levou alguma boa gente a embarcar em várias teorias da conspiração, dignas de um óscar da academia ou reportando à nossa realidade, a um globo de ouro para melhor argumento ficcionado.
Existem várias maneiras de fazer politica, mas seguramente que a passista não é a melhor, porque não obedece à ética e falta constantemente à verdade.
A politica passista, não é mais de que uma forma de degenerescência infantil de fazer politica porque no reino da fantasia, a fértil ilusão é rainha.

Qual a solução para terminar com esta nuance politica? Trilhar caminhos mais transparentes em que neles esteja implícito, uma aproximação mais concreta a uma realidade que tem fugido ao longo destes quatro anos, porque a procissão passista já caiu há muito em desuso e os seus fieis crentes, têm entrado muitas vezes em heresia.
Pena que quando encontrarem o caminho da salvação, esse já esteja devidamente ocupado por quem olha para as coisas com olhos de ver: com olhos onde a realidade não é passível de ser modificada só porque nos apetece.


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