sexta-feira, 24 de julho de 2015

PAI FUNDADOR


                                                 FOUNDING FATHER

A guerra colonial tinha recrudescido de violência e começavam a surgir na imprensa internacional fotos arrepiantes de chacinas praticadas por alguns militares portugueses contra civis indefesos, mormente em Moçambique, factos reportados por missionários conhecedores da situação.

Naquela época era chefe militar todo poderoso o sinistro Kaulza de Arriaga, que, confrontado por Marcello Caetano com os massacres atribuídos às suas tropas, negava a pés juntos o que mais tarde se confirmou totalmente, com alguns dos responsáveis materiais a retornar às zonas massacradas para pedir perdão aos sobreviventes.
 
E foi neste quadro que o então “Presidente do Conselho” visitou Inglaterra, facto aproveitado por Mário Soares para confrontá-lo com uma manifestação anti-colonialista.

As trombetas do regime bufaram de raiva, sopradas por homens como João Coito, Dutra Faria e Barradas de Oliveira, acusando Mário Soares de ter arrastado pela lama a bandeira nacional!
É óbvio para qualquer pessoa medianamente inteligente que Mário Soares nunca faria tal coisa; e mesmo aqueles que disso o acusavam sabiam que o faziam no sentido figurado, nunca tendo sido vista qualquer imagem comprovativa…

Sucede que para a ditadura, todo e qualquer acto de oposição era um crime de lesa pátria, enxovalhar a bandeira,já que eles se consideravam detentores do monopólio do patriotismo.

Por incrível que pareça, ainda hoje é possível ouvir papagaios a insistir naquela ignomínia, como há tempos verifiquei, no programa “antena aberta” da Antena 1, a pretexto da sondagem que considerava Mário Soares a figura mais querida do nosso regime democrático.              


                                                          Amândio G. Martins            


                                                 FOUNDING FATHER


A guerra colonial tinha recrudescido de violência e começavam a surgir na imprensa internacional fotos arrepiantes de chacinas praticadas por alguns militares portugueses contra civis indefesos, mormente em Moçambique, factos reportados por missionários conhecedores da situação.

Naquela época era chefe militar todo poderoso o sinistro Kaulza de Arriaga, que, confrontado por Marcello Caetano com os massacres atribuídos às suas tropas, negava a pés juntos o que mais tarde se confirmou totalmente, com alguns dos responsáveis materiais a retornar às zonas massacradas para pedir perdão aos sobreviventes.
 
E foi neste quadro que o então “Presidente do Conselho” visitou Inglaterra, facto aproveitado por Mário Soares para confrontá-lo com uma manifestação anti-colonialista.

As trombetas do regime bufaram de raiva, sopradas por homens como João Coito, Dutra Faria e Barradas de Oliveira, acusando Mário Soares de ter arrastado pela lama a bandeira nacional!
É óbvio para qualquer pessoa medianamente inteligente que Mário Soares nunca faria tal coisa; e mesmo aqueles que disso o acusavam sabiam que o faziam no sentido figurado, nunca tendo sido vista qualquer imagem comprovativa…

Sucede que para a ditadura, todo e qualquer acto de oposição era um crime de lesa pátria, enxovalhar a bandeira,já que eles se consideravam detentores do monopólio do patriotismo.

Por incrível que pareça, ainda hoje é possível ouvir papagaios a insistir naquela ignomínia, como há tempos verifiquei, no programa “antena aberta” da Antena 1, a pretexto da sondagem que considerava Mário Soares a figura mais querida do nosso regime democrático.              

                                                          Amândio G. Martins            

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