Não surpreende as notícias
acusatórias do final do passado mês de Maio, envolvendo dirigentes da FIFA em
casos de corrupção.
A corrupção faz parte do ADN do
capitalismo. O futebol profissional passou a ser um negócio, em que muitos
milhões de euros ou dólares circulam por vários canais e interesses, não sendo
de admirar que a corrupção apareça.
Por cá, o Tribunal da Relação de
Lisboa confirmou a condenação de João Vieira Pinto por fraude fiscal, quando se
transferiu do Benfica para o Sporting em 2000, tendo que pagar 680 mil euros
mais juros ao Estado.
João Pinto é agora dirigente da FPF, onde
auferirá mais de oito mil euros por mês, metade do que receberá o presidente da
federação, Fernando Gomes, mais ajudas de custo. Pinto da Costa, segundo a SAD
portista ganhará 400 mil euros por ano, embora a comunicação social refira que
com prémios será o dobro.
O mito do amor à camisola quase
desapareceu e o desportista foi substituído pelo artista que ganha milhões. Os
odiados e insultados de ontem, serão os amados e aplaudidos de hoje, como
demonstram as passagens de Jorge Jesus para o Sporting e Maxi Pereira para o F.C.Porto.
As características associativas,
bairristas, regionais e por vezes desportivas dos clubes estão cada vez mais
condicionadas à gestão do negócio e do espectáculo. Nas nossas principais
equipas os jogadores portugueses são quase excepção e até estrangeiros são capitães
de equipa. As cores e emblemas são ultrapassados por símbolos publicitários,
com contradições do género do F.C.Porto patrocinar cerveja, em vez de vinho do
Porto e o Benfica a Fly Emirates, em vez da TAP.
Apesar desta peculiar situação e de
contradições, o futebol é um jogo colectivo muito popular e agradável de se ver
quando bem jogado, sendo desejável que tal aconteça na nova época que vai
começar.
Concordo como caracteriza o futebol como modalidade desportiva ( fui até praticante amador em diversas equipas), quanto ao resto que bem descreve e não só, por exemplo pela alienação que provoca em tanta gente, fui adepto do Benfica. Agora, nem da selecção nacional. Não alimento esse mundo de vampiros. Sou dele um acérrimo crítico.Porque, mesmo assim, eu, e todos os contribuintes, somos obrigados a alimentá-lo. Por exemplo; os 10 estádios.Em vez de 10 hospitais
ResponderEliminar