Foram mesmo
dizimados
Os mochos da
minha aldeia
Por quem se
arrepiava
Da singular
melopeia!
E Fê-lo premeditada
E
meticulosamente
O autor de
tal façanha
Gratuita e
indigente.
E a
verdadeira causa
Da triste
barbaridade
Foi a
ignorância crassa
Justificando
o pobre
As razões de
tal desnorte
Via no piar
dos mochos
Um prenúncio
de morte!
Sem quaisquer
hesitações
Nesse gesto
tresloucado
Pegou num
chuço aguçado
E foi-se aos
paredões.
Com os ninhos
estuprados
Lá dentro
agonizavam
Com os
buracos tapados
Os de fora não
entravam.
Daquilo que
mais temeu
Quem tal acto
cometeu
Os “mensageiros”
matou;
Mas já sem os
tristes pios
Lhe causarem
arrepios
Mesmo assim
se finou!
Amândio G.
Martins
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