quarta-feira, 15 de julho de 2015

NÃO HÁ MOCHOS NA MINHA ALDEIA

Foram mesmo dizimados
Os mochos da minha aldeia
Por quem se arrepiava
Da singular melopeia!
          E Fê-lo premeditada
E meticulosamente
O autor de tal façanha
Gratuita e indigente.
E a verdadeira causa
Da triste barbaridade
Foi a ignorância crassa
Ou até insanidade…
Justificando o pobre
As razões de tal desnorte
Via no piar dos mochos
Um prenúncio de morte!
Sem quaisquer hesitações
Nesse gesto tresloucado
Pegou num chuço aguçado
E foi-se aos paredões.
Com os ninhos estuprados
Lá dentro agonizavam
Com os buracos tapados
Os de fora não entravam.
Daquilo que mais temeu
Quem tal acto cometeu
Os “mensageiros” matou;
Mas já sem os tristes pios
Lhe causarem arrepios
Mesmo assim se finou!

Amândio G. Martins

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