O PÚBLICO deu-me um verdadeiro herói, mais que uma vez nomeado para Nobel da Paz e um dos "maiores especialistas mundiais na reparação e tratamento de danos físicos provocados por violações", o ginecologista congolês Denis Mukwege (1955).
Se estiverem com ele segunda- feira por ocasião da entrega do Prémio Gulbenkian em Lisboa, digam-lhe que há muita gente, muitos portugueses (como eu) que, com certeza, gostariam de cumprimentá-lo e felicitá-lo pela ação humanitária meritória e louvável que ele tem vindo a desenvolver junto das mulheres violentadas de forma " indescritível " no seu país. O número de mulheres que tratou , mais de 21 mil, é absurdo e mostra bem a situação política e social que se vive na República Democrática do Congo.
Denis fez uma declaração que se pode aplicar em muitas outras situações : "Tem que se desarmar as cabeças destas pessoas". Não é preciso viver no Congo para ter este desejo: desarmar cabeças, mudá-las (também as portuguesas).
Conhecer pessoas como Denis, um "cidadão do mundo", é inspirador para todos nós.
Tragam-nos mais notícias e reportagens que têm como protagonistas homens e mulheres como este congolês, que não pára e não tem medo de fazer o bem, não obstante ser vítima, também ele, de ameaças de morte.
" Não se pode dizer que é impossível. Não se pode desistir, não se pode deixar de fazer alguma coisa".
(Público, 21-7-2015)
(Público, 21-7-2015)
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