domingo, 15 de outubro de 2017

Deixei a cidade

 Deixei a cidade e o seu poluidor bulício, mergulhando no pulsar natural da Natureza e da ruralidade que com ela coabita.
Dei conta que o Tempo não vai nada bom para a agricultura. A azeitona está engelhada, cheia de rugas pela falta da água da chuva que tarda a chegar, pois este Outono de Verão traz o diabo no ventre.
As restantes árvores, todos os produtos hortícolas e as pastagens estão num raquitismo de pré morte.
Mesmo assim, sinto uma certa paz interior, porque não tenho ouvido ou lido a televisão, a rádio e os jornais, nos quais se vêem, ouvem e lêem as piores notícias sobre os maus exemplos vivenciais, que não deveriam existir, se o diabólico homem não enveredasse por caminhos desviantes rumo ao desperdício, às más acções e ao crime organizado, que têm levado à pobreza dos povos, das nações e à decadência de muitas instituições, que deveriam ser o exemplo da virtude, da honra e da ética.
Se o passado não foi bom, o presente afigurasse-me a antecâmara de muita desgraça social, rumo a um porvir que poderá nunca ser futuro para ninguém.

José Amaral


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