sábado, 14 de outubro de 2017

Peço a palavra


Pode-se vir aqui ao blogue dizer, sem ser acusado sei lá de quê, que Sócrates ainda não foi julgado na instância própria? Perante a “unanimidade” que tenho visto por aí, e que dá por concluído o que ainda vai a meio, não posso deixar de vir a terreiro expressar veementemente o meu desejo de que a Justiça se exerça bem e com mão pesada. Mas só ela, e em lugar próprio, porque Portugal tem de ser um Estado de Direito. Quanto aos aplausos à Procuradoria Geral da República, sem negar o sucesso (vamos a ver…) de ter chegado ao fim desta acusação, não estarei disponível enquanto não me esquecer dos sistemáticos incumprimentos de prazos e, acima de tudo, das execráveis fugas de informação orientadas que elevaram o Correio da Manhã ao altar supremo da “magistratura selvagem”.

P.S. Lamento desiludir quem me queira apodar de socratista, referindo, só para memória, as minhas afirmações num post de 5 do corrente e num comentário a um post de Amândio G. Martins da véspera.

4 comentários:

  1. Não sei se há incumprimento de prazos. Já ouvi até de gente insuspeita e acho que tem lógica que um processo daquela dimensão leva muito tempo a apurar. Mas também sou pelo Estado de Direito. Renovo o meu aplauso à Srª. Procuradora e ao Ministério Público. Este gigantesco polvo criminoso lesou o país em somas astronómicas. Empresas da dimensão da PT foram alienadas. Roubadas. Calculam os entendidos que agora com os sucessivos recursos, o desfecho disto vá demorar uns 9 ou 10 anos. Para mim, amigo José Rodrigues, Sócrates e os outros protagonista desta gigantesca fraude e corrupção, já estão mais que julgados!

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    1. Compreendo-o e acompanho-o na sua ira contra toda aquela “corja”. Mas a Democracia também se fez para acabar com o uso discricionário e manipulado do poder judicial. Incumprimentos de prazos (que nada têm a ver com a complexidade dos processos) houve, tantos quantos os 7 adiamentos. É claro que “eles” já estão “julgados”, mas – e isso é que está mal – por quem não possui o imprescindível múnus.

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  2. Eu, Amândio G. Martins, não me lembro de ter metido "bedelho" neste assunto, porque a estrumeira que acerca dele tem passado por aqui é coisa repelente de mais! Penso que o senhor se terá equivocado...

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    1. Não me equivoquei. O seu post, que comentei, tem o título “Já vai tarde”, e tratava de outro “figurão” (não no plano judicial, mas no político). Considerei as duas personalidades pertencentes à mesma escola ideológica, o que prova o meu desamor, para não dizer outra coisa, por Sócrates e Passos. Mas, de facto, o assunto central não era a corrupção. O seu desagrado em ver-se metido no assunto não é da sua responsabilidade, mas apenas minha.

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