Fruto
das alterações climáticas, quase em meados de outubro, aí temos
de novo o calor e com ele de volta a praga dos incêndios florestais.
Alguns deles, de origem criminosa. Pelo menos dois, e de grande
dimensão. Ambos começaram à noite. Um, às 23 horas, outro, às
duas da madrugada e este, em 4 pontos distintos e em simultâneo.
Com
certeza, não vale a pena estar aqui com justificações, mas creio
ser unânime que o crime material e/ou moral de fogo-posto, é
gravíssimo. E ainda mais, se considerar-mos que cada vez há menos
para arder. Pois bem, se é crime gravíssimo, a moldura penal
deveria corresponder a essa gravidade, assim como deveriam ser feitos
todos os esforços para serem detetados e detidos os respetivos
criminosos. Quanto aos esforços, não comentamos… Mas em relação
à moldura penal, como se sabe, é ridícula. Baixíssima. Também
sabemos que a origem dos fogos não se deve apenas a ações
criminosas ou negligentes. Deve-se a diversos fatores, tais como a
ordenação da floresta, a diversificação de espécies, etc., etc.
Sabemos ainda que tudo isso já foi provado e proposto, e que há
incendiários que são pirómanos, doentes mentais, mas não são todos!
Há-os também, principalmente os autores morais, os mandantes, que o
fazem por interesses económicos (madeireiros, construtores, etc.) e
outros ainda mais obscuros e perversos. Os que são comprovadamente
doentes, evidentemente, devem ser tratados.
Mais haveria a dizer sobre a matéria, mas, dito isto, pergunta-se:
porque é que “ninguém”, nomeadamente, nenhum dos principais
partidos políticos, reclama o aumento das penas para estes
criminosos terroristas?
Não
será este o local próprio para esta discussão? Já a pusemos
noutros, porque não também aqui?
Francisco
Ramalho
Corroios,
8 de Outubro de 2017
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