Cada vez vejo mais gente que se diz democrática, mas só em causa própria e em defesa de posições mesquinhas e vergonhosas.
E, acerca do
desejo soberano da Catalunha se tornar definitivamente independente do jugo de
Espanha, mais um desbocado, repescado pela comunicação social, afirmou que a
independência da Catalunha “seria o fim da Europa”.
Quem tal
disparate proferiu foi Manuel Valls, ex-primeiro ministro de França, ex-líder
do PS francês, nascido em Barcelona, filho de mãe italiana e de pai catalão.
No entanto, os
catalães, que os seus opressores dizem estarem a afrontar a Constituição
espanhola, têm na Constituição portuguesa um forte apoio muito solidário entre
povos que queiram tomar nas suas mãos os seus próprios destinos.
Assim, vejamos
o que nos diz a tal respeito o artigo 7º sobre ‘Relações Internacionais’:
“Portugal reconhece o direito dos povos à autodeterminação e independência e ao
desenvolvimento, bem como o direito à insurreição contra todas as formas de
opressão”.
Logo, a
Catalunha, para além de ser uma comunidade autónoma reconhecida pelo Estado
espanhol, tem também língua e cultura próprias e um território.
Portanto, a
mesma situação sucedeu com o povo de Timor-Leste ao retirar a tirania que o
subjugava à opressora Indonésia.
Finalmente,
Portugal não pode fingir que não vê o que está a acontecer ao povo catalão. Há
que nos pormos ao lado de quem esperou séculos para a sua emancipação e não
sermos só retóricos constitucionalmente.
José Amaral
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