quinta-feira, 3 de julho de 2014

Miscelânea


Tanta coisa está a acontecer que é difícil falar dos nossos sonhos. Sim: daquilo que gostávamos que acontecesse, das esperanças de uma vida tranquila, de certezas de futuro traçado a pouco e pouco mas seguro, para depois termos tempo para deixar os dias espreguiçarem-se na companhia da Família.
       Todos os dias somos esmagados pelas notícias que o nosso País tem uma grande divida e por isso uma grande parte dos portugueses têm de passar fome. Não há empregos e por isso todos os dias muitos dos nossos conhecidos vão pelo mundo fora à procura de salários. Famílias desmembradas, avós que choram todos os dias (ah! mas podem acompanhar os netos pelo skype (?) rematam os insensíveis). Divida? E não se poderia encontrar caminhos que não nos esmagassem tanto? Claro que há outros rumos e até há cidadãos da direita e da esquerda que nos apontam outras politicas. Mas .. o governo é surdo.
         Por exemplo: aqui à nossa porta mesmo que se queira ignorar as reclamações do lixo que se acumula nas nossas ruas, acabamos por parar e perguntar: porque não há mais pessoal para manter as nossas terras mais limpas? Havendo tanta pessoa sem emprego, tantas filas de pessoas implorando por um salário porque se continua a proibir – sim proibir – que seja contratado mais pessoal?
         Depois temos um ataque cerrado ao funcionalismo público e para mostrar que poupam o governo manda tudo para a rua e os funcionários que ficam, são sobrecarregados com horas extras que em muitos casos não são remuneradas. Mas lá cortar nos gabinetes dos ministros… A net dá-nos informações sobre as nomeações que são feitas e o valor dos vencimentos. Dizem as más-línguas que são jovens da cor politica e que depois de uma “carreira” de apoio em comícios têm de ter emprego. Não posso estar contra o “emprego” mas se calhar não será correcto privilegiar uma determinada cor politica.
         Depois temos a necessidade de aumentar a produção nacional dos bens que consumimos todos os dias e até que, dadas as nossas especificidades, poderíamos exportar. E temos o Mar. Tantas vezes a dizermos a mesma coisa. Mar não é só praia ou turismo é também pesca para nos alimentarmos.
Porque não se fazem debates na comunicação social sobre estes assuntos, não com doutores formatados que debitam umas já estafadas teorias, mas com cidadãos comuns que estão bem informados e vivem o dia a dia dos problemas. Porquê?


Publicado no Jornal Costa do Sol de 2 de Julho 2014

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