Os recentes acontecimentos de Paris, na sua crueldade e brutalidade, têm de ter consequências políticas muito sérias, e a todos os níveis. Não é possível viver a nível global com medo. Medo de ir a um café, medo de apanhar um transporte público, quer seja de avião, de comboio ou de autocarro. Alguma coisa de mais drástico e assertivo, terá de ser feito, sem cair na resposta à letra, que seria irromper pelos bairros onde vivem famliares, amigos ou relacionados com estes fundamentalistas, e eliminá-los com a mesma frieza. Hoje tratarei da política, na reacção que estas acções já desencadearam no passado e vão com certeza prosseguir com ainda mais firmeza no futuro. Refiro-me, como parece óbvio às medidas securitárias não só na rua (parar e identificar), como nos edifícios públicos, nas estações de comboios, no metro, nos aeroportos. Refiro-me também à implantação massificada da televigilância, sem mais pruridos com os direitos, liberdades e garantias dos cidadãos, designadamente dos pacíficos cumpridores da Lei. Estamos em guerra, e é perfeitamente natural que numa guerra, os direitos particulares tenham de ceder, perante o maior interesse geral das populações. As leis do "Homeland" nos EUA depois do 11 de Set, são disso prova. Muitos democratas, com aspas e sem aspas, protestaram pelo mundo inteiro contra estas medidas invasivas da nossa liberdade e privacidade. Eu próprio me indignei, nos EUA, perante os controlos nas alfândegas e aeroportos. Mas o que é cada vez mais certo, é que nem nos passa pela cabeça o número de vítimas inocentes que essas medidas securitárias terão evitado. Os fundamentalistas em geral, e estes de origem islâmica, são por natureza totalitários, na medida em que querem impôr aos restantes (que eles designam de infiéis) as suas formas de viver e acreditar em Deus. E fazem-no de maneira violenta, à bala ou à bomba, sem olhar a meios ou a vítimas, quase sempre inocentes. Outrora faziam-no com sacrifício da própria vida, com martírio pessoal. Agora em Paris, fizeram-no como vulgares gangsters e depois, cobardemente fugiram, como assassinos que são. Ora estes assassínios e estes actos terroristas, está provado que só se podem conter com medidas totalitárias, em ditaduras ou Estados que usem a força da Lei, sem pruridos constitucionais ou parlamentares. Em conclusão, penso que cada bala, cada bomba, detonada por um terrorista, é uma pazada de cal no caixão da democracia, como nós a entendemos no chamado mundo livre ou ocidental.
Pois é caro Manuel Alentejano, mas para mim não são só as bombas detonadas por esses criminosos de que fala que vão dando pazadas na democracia, são também aquelas que são lançadas sobre os povos do Afeganistão, da Palestina, etc.. etc... Afinal o "Mundo Ocidental" até convive bem com as monarquias ditatoriais e financiadoras do terrorismo. como por exemplo : a Arábia Saudita. ou é isto mentira ? Pergunto: Porque é que os hipócritas dos governantes do tal "mundo ocidental, França, EUA,Alemanha, Reino Unido, não se atrevem com a cortar relações diplomáticas com ao regime ditatorial da Arábia Saudita? e mais, impor-lhes um embargo comercial ? Afinal senhores democratas, quem é mais perigoso para o mundo : Cuba que exporta, atletas, enfermeiros, médicos e o orgulho pátrio do seu povo, ou esses países que apenas exportam petróleo e terroristas ?
ResponderEliminar