terça-feira, 14 de julho de 2020


Bons empregos estão ali..


Quantos trabalhadores das empresas privadas, bem qualificados e contratados para tarefas bem definidas, não se vêem muitas vezes constrangidos a fazer trabalhos que nada têm a ver com a sua profissão, só porque aquilo interessa ao patrão e não querem desagradá-lo e correr o risco de perder o emprego; abusos destes acontecem em todo o lado e a toda a hora, sobretudo em tempos de crise, sendo desaproveitados em trabalho indiferenciado mulheres e homens bem preparados para dar à empresa bom rendimento, mas que a tacanhês de muitos empresários lhes malbarata as capacidades e diminui a autoestima, fazendo deles “pau para toda a obra”.

Ao contrário, em funções públicas de alta responsabilidade, como é o caso da magistratura, há figurões que se dão ao luxo de recusar o serviço que lhes compete e para que são “escalados” pela hierarquia; diz a notícia do JN que ninguém quer trabalhar na liquidação do BES, um processo com cerca de 600 volumes, havendo já nove procuradores que o rejeitaram, e dois magistrados a quem foi imposto apresentaram a estafada “providência cautelar” que lhes permita recusar trabalhar naquilo...


Amândio G. Martins

2 comentários:

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