Normalizar o insulto!...
Nas discussões e diferendos entre gente comum, o insulto nem
chega a sê-lo dado que, em muitas
circunstâncias, é mesmo a linguagem que melhor serve os contendores; mas que
gente “da alta” possa defender esse modo de comunicar, por não encontrar
argumentos mais eficazes para responder às acusações que lhe são feitas, eis o
que me parece nada edificante.
Mas foi isto que propôs Pablo Iglésias, um dos
vice-presidentes que Pedro Sánchez se viu obrigado a ter de aceitar, para
conseguir formar um governo de coligação; e a coisa, com altos e baixos, lá se
tem aguentado, embora pondo à prova a paciência do presidente, que não tem tido
descanso para segurar aquilo a que a Direita chama de “governo Frankestein”.
Acossado pela Oposição e pela Comunicação Social, por causa
de um episódio antigo relacionado com a perda, ou roubo, de um telefone móvel
da sua acessora jurídica - que acabou
por ir parar às mãos do famoso comissário
“Villarejo”, actualmente preso por estar associado a montanhas de actos
corruptos - em que Iglésias figurava como queixoso mas agora, depois de os
investigadores acederem à memória do dito aparelho, passou a suspeito de actos
ilegais, este alto membro do Governo, cansado de lhe estarem sempre a falar no mesmo,
saíu-se com essa de “naturalizar” o insulto contra jornalistas e outras figuras
públicas que o importunem com essa história, o que provocou um “levantamento”
geral de jornalistas e as delícias da Oposição...
Amândio G. Martins
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