PÚBLICO Domingo, 5 de Julho de 2020 (Augusto K. de
Magalhães)
Efacec, TAP e não só
A Efacec “era” uma
empresa que estava em grande expansão e produção, e que vendia essencialmente
para fora, que ficou encravada, dado o seu capital pertencer maioritariamente a
Isabel dos Santos.
Os problemas que esta tem devido ao Luanda Leaks colocaram a
Efacec em paragem súbita e complicada.
Logo, tudo o que
tivesse de ser feito pelo Estado português para salvar esta empresa e os seus
2500 trabalhadores era indispensável.
Espera-se que haja bom senso e total profissionalismo na
gestão e, assim que estabilize positivamente, a preço justo seja revertida esta
nacionalização.
Quanto à TAP, sendo evidente que não deveremos estar dependentes
única e exclusivamente de companhias aéreas que sejam totalmente
internacionais, também já não interessa ao Estado ter uma campanha aérea só
para viajar com a bandeira portuguesa.
Haverá que ajudar a redimensionar ao mínimo a TAP — a
aviação vai demorar muito a recuperar — e aí o Estado deverá estar presente até
a “salvar” e depois também sair.
Teríamos sim, indispensabilidade de ter a maior companhia
produtora de electricidade, a maior transportadora da mesma, a gestão dos
aeroportos, que nunca deveríamos ter deixado ir para privados.
Sendo que é muito
mais importante que a Saúde e o SNS estejam na posse do Estado.
Nacionalizar só para ser de esquerda ou privatizar só para
ser de direita, dá muito palavreado, mas pouco jeito ao país e ao povo.
Augusto K. de Magalhães, Porto
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