A esmagadora maioria das
pessoas que já morreram devido ao covid-19 são idosos. A idade é o maior factor
de risco para se ter uma situação grave de covid-19, concluiu um estudo da
Escola Nacional de Saúde Pública.
Nos óbitos referentes ao
covid-19, em Portugal, 67% são em pessoas com 80 ou mais anos; 19%, de 70 a 79
anos; e 8% de 60 a 69 anos. Concluindo, 94% das vítimas mortais tinham 60 ou
mais anos.
Segundo o director
regional para a Europa da Organização Mundial de Saúde, 95% das vítimas mortais
do covid-19 têm mais de 60 anos.
Afirmações de responsáveis
ligados a organizações de cariz capitalista atestam que a subida da esperança
média de vida não merece a simpatia do grande capital:
- Christine Lagarde
(França) foi presidente e directora-geral do FMI (Fundo Monetário
Internacional) entre 2011 e 2019, e em Maio de 2018 afirmou o seguinte: «os
idosos vivem muito tempo e isso representa um perigo e risco para a economia
global. Temos que fazer algo com urgência». Desde Novembro de 2019, é
presidente do BCE (Banco Central Europeu);
- Analistas do Banco
de Investimento Goldman Sachs, questionaram a sustentabilidade das
empresas de biotecnologia, com especial destaque para as envolvidas na terapia
genética, chegando à conclusão de que "as curas de doenças podem ser más
para os negócios no longo prazo". A notícia é da estação televisiva CNBC,
segundo a qual os referidos analistas apresentaram um relatório, intitulado
"A Revolução do Genoma". No documento, questiona-se: "Curar os
pacientes é um modelo de negócios sustentável?" (revista Ciências &
Saúde, de 16.04.2018). O relatório dirigido a empresas de biotecnologia indica
que soluções podem afectar "fluxo permanente de receitas";
-
Solange Vieira, assessora do ministro da Economia brasileiro, do governo de
Bolsonaro, disse que "é bom que as mortes se concentrem entre os
idosos", segundo uma reportagem da Reuters;
- A actual presidente da
Comissão Europeia, Ursula von der Leyen (Alemanha), na altura dos
confinamentos, defendeu uma concepção de envelhecimento como um fardo social,
ao afirmar que «os contactos dos idosos com outras pessoas teriam de ser
limitados até ao final do ano» (2020), embora depois tenha recuado nessa sua
intenção.
O covid-19 é
pró-capitalista e inimigo sobretudo dos idosos.
É mesmo e só a velhice, com tudo o que ela comporta de natural labilidade biológica... O vírus tem RNA mas sem ideologia.... Tem razão numa coisa: é "inimigo" dos velhos e... já não é mau, para dar um "pingo" de justificação ao seu texto....
ResponderEliminarclaro que o vírus não tem ideologia... os seus efeitos é que correspondem às preocupações manifestadas pelos responsáveis de estruturas capitalistas... que não dão um aguaceiro... mas quatro pingos...
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