quarta-feira, 22 de julho de 2020


Empolgante directo!...


Era meio-dia, hora habitual de almoçar cá em casa; quem sabe se na esperança de ver a notícia de que o Air Force One se escaqueirou algures, com o ocupante VIP lá dentro, sintonizei a RTP 3. Desilusão total, porque o avião que realmente mostravam, aproximando-se do aeroporto Humberto Delgado, era o jacto privado que o presidente do Benfica fretou para ir buscar ao Brasil o agora famoso treinador de futebol Jorge Jesus.

E foi para aí meia-hora daquilo, tamanha deve ser a falta de assunto interessante: o avião aproxima-se, o repórter vai enchendo “chouriços”, o avião aterra e o repórter idem, o avião procura lugar para estacionar e o repórter aspas; abre-se a porta, sai e entra gente, até que lá saem o treinador e o seu novo patrão, que entram rapidamente numa espécie de carros funerários, que os transportam para o local da costumeira burocracia.

Aparecem, finalmente, para saír dalí; falarão... não falarão... não falaram. Jesus, Jorge, que os profissionais da Comunicação Social que o esperaram tanto tempo mereciam  ao menos que lhes desse um“olá”!  E fui eu almoçar comida fria por uma coisa assim; menos mal que o tempo que faz também não pede comidas muito quentes...


Amândio G. Martins



2 comentários:

  1. É a parolice elevada ao limite. RTP, sustentada por todos nós...

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  2. A história que conta é bem o espelho deste nosso tempo. Gente confinada, milhares em valas comuns, pobreza crescente, desigualdades absurdas, estádios "às moscas" e... jactos privados, treinador de milhões, reportagens servis, etc, etc...

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