Em cima dos joelhos...
...Até se podem fazer coisas bem agradáveis, que o diga eu
que, com os meus vinte e poucos e feliz proprietário de um Mini no qual,
aparentemente, não seriam exequíveis alguns exercícios erótico-amorosos, nem
por isso deixei de fazer tudo que, “naquele engano da alma ledo e cego” - com a namoradinha de então, que sentava nos
meus joelhos - mais vontade tinha de
fazer; e lembro-me de nos termos rido ambos muito, perante uma notícia que
dizia ter um juíz inglês “desacreditado” uma moça que apontava o ex-namorado como
pai do filho que esperava porque, ao descrever ao magistrado que o acto que
esteve na origem da gravidez tinha ocorrido no Mini do rapaz, o juíz mandara
embora o moço, acusando a rapariga de mentir, porque tal acto não seria possível
num carro tão pequeno.
Mas que raio de conversa esta, quando queria escrever era sobre um grande incêndio que, em Castelo
de Paiva, devorou um pavilhão onde funcionavam oito(!) empresas, instaladas
todas elas no espaço de uma antiga fábrica; e é aqui que entram os tais “joelhos”,
de forma bem menos agradável da que descrevi acima: como foi possível autorizar
manufacturas de tão distintas actividades, algumas manuseando materiais
altamente inflamáveis, num “universo” que já tinha sido de um só ramo de negócio,
sem que tivessem sido tomadas medidas preventivas, com paredes “corta-fogo” entre
elas, por exemplo?!...
Amândio G. Martins
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