quinta-feira, 2 de julho de 2020

Elogio dos opúsculos

Assumo o devaneio. Pois é disso que se trata, do partilhar o prazer que me dá lê-los, sem grande critério ao comprá-los. Faço-o mais ao "Deus dará", pelo título e pela badana, quase dum modo estético, mais que dum modo literário. Diversos são os conteúdos, mas quase sempre, o proveito é assaz benéfico para mim. Critérios? Menos de cem páginas e caberem no bolso do casaco, sem esbordar. Aqui vai uma resma deles, incluindo um que vou imiscuir, pois só excede em duas páginas e um centímetro, as balizas numéricas que referi. Começo pelo "bastardo": "Sobre a Tirania- Vinte Lições do Século XX" ( Timothy Snyder).
E, agora, os sete "legítimos": "Apologia do Ócio" ( Robert Louis Stevenson); "A Moral Anarquista" (Pietr Alexeevich Kropotkine); "Sobre a Desigualdade" (Harry G. Frankfurt); "Os Portugueses-De onde Vimos, o que Somos, para onde Vamos" (Manuel Sobrinho Simões); "Portugal, Povo de Suicidas" (Miguel de Unamuno); "Esperar contra toda a esperança" ( José Tolentino Mendonça); "Discurso Sobre a Servidão Voluntária" ( La Boétie). No total, menos de setecentas páginas, aos "bocadinhos" e de diferente escopo. Disse Milan Kundera que "viver é deixar poisar nos ombros os pássaros do acaso", ler, neste caso,... também o é.

Fernando Cardoso Rodrigues

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