Rendo minhas homenagens à esta saudosa cantora, apresentando o vídeo
acima e transcrevendo na íntegra o texto hoje publicado no jornal, “O Popular”
de Goiânia, capital do Estado de Goiás, da lavra do professor e pesquisador da
Universidade Estadual de Goiás (UEG), JEAN CARLOS VIEIRA SANTOS:
“ Em diversos estudos realizados em Portugal, no Brasil e em
outros países é citado que Amália da Piedade Rebordão Rodrigues, mais conhecida
como Amália Rodrigues, nasceu em Lisboa no dia 23 de julho de 1920 e faleceu na
mesma cidade em 1999. A artista deu alma musical às letras e aos poemas
escritos para o fado e, por isso, passou a ser admirada e permitiu consolidar
esse gênero musical em um cenário internacional. Assim, a internacionalização
do fado se inicia pela voz de Amália Rodrigues em 1943, com uma apresentação em
Madri, e no ano seguinte, com o primeiro show no Brasil.
A genialidade dessa
fadista traduziu o sentimento lusitano para o mundo, ao se apropriar da poesia
camoniana e atravessar fronteiras de um gênero musical que se origina nas
vielas lisboetas. Com isso, Amália de tornou um ícone do fado, em 2020, diversas
comemorações têm ocorrido sobre o centenário da principal voz do fado. Assim, é
com a consciência do pouco que se sabe sobre a obra e vida dessa artista que
este texto é escrito para também homenageá-la em seu centenário.
Pelas leituras de
diferentes obras, em especial a tese de Vilma Silvestre, compreende-se que
fadista não é somente a pessoa que interpreta o fado, mas que sente a sua
envolvência, seus dramas e se encanta pela voz de Amália Rodrigues. Sobre isso,
a utilização do silêncio se sobressai como uma fronteira intransponível entre o
fadista e o público, no que tange ao espaço da interpretação, no sentido de
facultar ao intérprete um ambiente dramático em que ele, ao apelar às suas
capacidades criativas, reproduz também a vivência, a experiência e o sentir de
quem já foi turista nas tascas em Lisboa.
É comum iniciar uma sessão
de fados com a asserção: “Silêncio que se vai cantar o Fado! ”. Diante dos
estudos sobre a música lusitana e do ousado silêncio para escrever estas linhas
em homenagem aos 100 anos de Amália Rodrigues, concorda-se que tal artista é a
supremacia do fado, a voz internacional de Portugal e uma das mais brilhantes
cantoras do século 20”.
Sobre Amália já tudo foi dito. Quando a Unesco a qualificou como uma das três vozes femininas do século XX, nada mais há a acrescentar.
ResponderEliminarQuando um dia surgiu nos "mentideros" da imprensa sensacionalista o título cobrindo toda a primeira página: Amália de Melo Antunes, pensei: "que magnífico casal para ocupar o Palácio Cor de Rosa". Não se concretizou, mas teria sido a confirmação de que "por detrás dum grande homem há sempre uma grande mulher".