Resta-nos a Margrethe

Sem quaisquer preconceitos de nacionalidades, é hora de “atacar” a Holanda - que vou passar a tratar de Países “Baixos”, não só por vontade deles, mas porque merecem o adjectivo - por “chefiarem” um grupelho de países ricos que colocam o cinismo acima da urgência e da necessidade de outros seus “pares”. Seria bom que a senhora Vestager, vice-presidente da Comissão Europeia, com a pasta da Concorrência, apesar de vir da Dinamarca, outro dos “frugais”, conseguisse sofrear aquelas manias de ricos avarentos e soberbos que, quando ajudam, brandem sempre o medo “piedoso” de estar a contribuir para o “vício”. Talvez ela os impeça de desviar para o seu próprio Tesouro os impostos devidos a outros parceiros, mas, se não desistir, vai ter muito que batalhar, como se vê pela anulação, por parte do Tribunal de Justiça da UE, da multa de 13 mil milhões de euros que o executivo comunitário tinha aplicado à Apple. Não vai ser fácil, mas a União sempre ficaria um pouco mais honesta.