segunda-feira, 6 de julho de 2020

Previsões

 
Já todos estamos habituados às derrapagens nas previsões de custos futuros, seja nas intervenções do Estado na banca, no pagamento de certos investimentos realizados, ou nas despesas incorridas com algumas aquisições, arranjando-se sempre maneira de escapar às cativações. Será, certamente, o que vai acontecer com as injecções na TAP. Ninguém acredita que, a seguir a estes mil e duzentos milhões já certos, não venham a aparecer muitos mais milhões. 
É caso para estranhar que a “orçamentação” de certas despesas nos surpreenda com descidas. Mas foi o que aconteceu com o layoff, o subsídio de doença e o apoio excepcional à família. Curiosamente, todas no âmbito do trabalho. Os pratos da balança revelam irritante constância: inclinam-se sempre para o mesmo lado.
 

4 comentários:

  1. Quanto ao segundo parágrafo, obviameente que concordo consigo. Quanto ao primeiro - O que se deveria ter feito com a TAP ? - confesso que tenho dificuldade em ter opinião e... o José também não me "ajudou" muito. Se o dinheiro vai sair dos "nossos bolsos", qual a alternativa? Deixava-se falir? Idem+ construção duma outra ao lado? Por tudo o que se aduziu, do lado do governo ( emprego+ diáspora+ ilhas+...) pareceu-me bem a solução arranjada, mas... não estou seguro que esteja certo. E o José?

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    1. Ao contrário do que alguns pensam sobre mim (espero que não o Fernando?...), nunca coloco o interesse financeiro acima dos outros todos. Bem ao contrário. Não me aflige por aí além o dispêndio dos 1,2 mil milhões, tendo em conta os valores qualitativos em presença (a que sou, em alguns deles, particularmente sensível) e as possíveis alternativas. Só quis salientar as tendências recorrentes dos desvios que se verificam, umas para um lado, as outras para o outro.
      Quanto ao resto, não tenho dados, nem competência, para ajuizar da justeza da solução. Muito menos uma alternativa a propor. Tenhamos fé!

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    2. Esteja tranquilo que não penso isso de si! Aliás o seu segundo parágrafo não deixa dúvidas sobre o lado que "prefere" e, mesmo aí, falamos de.... economia (social, no caso)). Quanto à escolha que se fez para a TAP, vou tentar ter a tal "fé"... que é coisa que raramente ( ou nunca) me habita.

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    3. Corroboro o rigor que, com aquelas aspas, aplicou à palavra.

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