quarta-feira, 1 de julho de 2020


Confusão generalizada...


Escreve Alice Park, na Time, que o Covid 19, grassando através do globo,  pôs especialistas em saúde pública, políticos, médicos e cientistas a lutar por uma resposta que dê alguma esperança; mas o excesso de informação pretensamente científica que invadiu os sites, antes de se verificar se é digna de crédito, confundindo até prestigiados jornais médicos, não tem ajudado nada.

A pressão de publicar acabou por expor a tensão que separa o desejo da realidade;  a necessidade de informar o público sobre a devastadora pandemia, sem dados seguros sobre o que diziam, causou mais problemas do que soluções, com mensagens contraditórias e confusão generalizada.

Em tempos mais calmos, os jornais da especilidade levam meses a verificar a credibilidade  de um estudo científico; contudo, em tempos de pandemia – diz o professor Jonathan Eisen, da Universidade da Califórnia - tudo vem sendo feito apressadamente, mas já é tempo de modificar o processo científico, tornando mais credível a informação, encorajando os investigadores a revelar os dados em que baseiam os seus estudos.

“”There is no doubt that the pandemic is making it easier for bad  players to play badly, but it´s also easier for good players to play well” – diz Jonathan Eisen. E ocorre-me o que há dias ouvi numa televisão espanhola,  que cientistas da Universidade de Barcelona tinham“descoberto” o Covid em águas residuais recolhidas em março de 2019, sem se questionarem se não terão sido essas águas contaminadas agora no processo de análise...


Amândio G. Martins

3 comentários:

  1. Eis uma reflexão que me parece pertinente e que vem ao encontro duma mera "sensação" que eu já vinha tendo. Mas quanto a notícia de Barcelona...

    ResponderEliminar
  2. Faz-me lembrar aquele sujeito que, atravessando cheio de medo um perigoso desfiladeiro, e como não sabia rezar, balbuciava constantemente: "Deus é bom, não me vai deixar caír, mas o diabo também não é tão mau como dizem e vai ajudar-me a passar isto". De um lado da moeda, os americanos gravam a legenda "In God we trust"; na outra face, na "pragmática" diária, o que está indelevelmente gravado é o oposto: "All others pay cash"...

    ResponderEliminar
  3. Nota - Este comentário saíu fora do sítio, pois era destinado ao texto que o Dr. Fernando Rodrigues escreveu ontem...

    ResponderEliminar

Caro(a) leitor(a), o seu comentário é sempre muito bem-vindo, desde que o faça sem recorrer a insultos e/ou a ameaças. Não diga aos outros o que não gostaria que lhe dissessem. Faça comentários construtivos e merecedores de publicação. E não se esconda atrás do anonimato. Obrigado.

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.