sexta-feira, 24 de julho de 2020


Trabalho sério VS Chinfrim...


Não me custa nada concordar com a votação que, no Parlamento, pôs fim à chinfrineira quinzenal que constituíam os debates com a presença do primeiro-ministro; e penso que aqueles deputados que se “encarniçaram” contra a medida, querendo fazer crer que fica debelitada a democracia, o fazem porque os deliciavam aquelas horas debaixo dos holofotes, nas quais podiam interpelar o chefe do Governo com questões as mais risíveis, porque o que realmente lhes interessava não era tratar assuntos importantes para a Nação, mas poderem ser vistos lá em casa naqueles preparos, na mira de que, na tasca-bar lá do sítio, lhes não regateassem os elogios por terem tido a coragem de “dar nas orelhas ao Costa”!

De facto, não é difícil verificar quão poucos são os parlamentares com real qualidade, que aceitaram ir para ali por vontade séria de contribuír com o seu saber para o desenvolvimento do país; e esses não terão dificuldade em aceitar que não são precisas tantas idas do primeiro-ministro àquela casa, até porque, como disse Rui Rio, a toda a hora podem ser chamados os ministros, sempre que se justifique debatar assuntos da sua esfera de acção...


Amândio G. Martins




3 comentários:

  1. Como imaginará, não estou de acordo consigo. Não consigo "apoucar" aquilo que se designa por "os políticos" pois, mesmo que não seja essa a intenção, também não apouco a democracia e a sua expressão institucional: a Assembleia da República (nas grandes e nas pequenas coisas).
    Sobre o assunto da ida ao Paralemento do PM, já disse o que penso, ontem, aqui mesmo.

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  2. Pois, mas o espectáculo politiqueiro, penso eu, nem robustece nem faz qualquer falta à democracia...

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  3. Emendam-se as regras internas e externas para não haver o "tal espectáculo politiqueiro", mas não se "tiram" os políticos, do debate político!!!!!!!!!

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