segunda-feira, 6 de julho de 2020


Não sou tão antigo como pensava...


Só agora reparei -  pois nunca tinha associado a coisa -  que sou da idade do biquíni, de um tempo novo, portanto; de facto, tendo sido feito ainda em tempo de guerra, e chegado ao mundo após ela terminar, tinha nascido também, uns dias antes, a famosa vestimenta. Honra seja prestada ao engenheiro mecânico que o concebeu, assim como à “desavergonhada” que se atreveu a vestí-lo em público pela primeira vez, que só poderia ser uma pobre dançarina, com pouco ou nada a perder por, naquele tempo, serem vistas como gente de muita baixa condição.

“Refeitinha” de carnes, aquela Micheline Bernardini sorri algo contrafeita, na borda da piscina onde foi feito o lançamento, decerto por nunca se ter visto naqueles preparos em público; é que embora a parte triangular ainda tivesse muito pano, não evoluiu assim tanto até hoje, comparando com as “vamps” que o JN escolheu para contrastar.

Porque o atol de Bikini era o local onde os americanos experimentavam as novas bombas, o criador serviu-se daquele nome para também lançar a sua "bomba", esta bem mais divertida; diz-se no JN que o tecido estampado com reproduções de jornais aludia à preocupação que os criminosos bombistas tinham em tapar as partes íntimas dos habitantes do local com folhas de jornais antigos, pois  andavam nus e sofreram os efeitos colaterais das experiências...


Amândio G. Martins

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