sexta-feira, 17 de julho de 2020

O Holandês da Discórdia

Parece que virou moda dizer mal dos holandeses, que, a confirmar-se, atribúo as culpas à sua classe dirigente. Tenho dificuldade em alinhar pelas "bocas"
Os meus filhos passaram pelas universidades de Leiden e Utrecht, e ficaram amizades para sempre.
Porque me desloquei ali por diversas vezes nessa fase, fiquei a conhecer um pouco da História desse país e a luta heróica do seu povo contra as forças da Natureza. Sinto-me um admirador. O que, não me impede de reconhecer que alguns políticos de topo da Holanda, dos últimos tempos são o supra-sumo da hipocrisia, ao fazerem desse país um paraíso fiscal, como muito bem lembra Manuel Molinos, no seu editorial de hoje no JN, referindo-se ao primeiro-ministro Mark Rutte:  Jeroen Dijsselbloem não se vai sentar no Conselho Europeu. E isso é bom. Mas não está mal representado. E isso é mau.

José Valdigem

6 comentários:

  1. No momento em que escrevo, sei que só haverá um país a entravar o Fundo de Recuperação que está a ser discutido no Conselho Europeu: a Holanda. Parece, portanto, ser o "tipo que diz que todos os outros vão no lado errado da auto-estrada". Mas confesso que até a entendo - e até, por isso, julgo que o assunto será resolúvel - pois a razão aduzida por Mark Rutte não será de todo "atoleimada", pelo contrário. Pelo visto, o que ele quer é uma "governança" ( escrevo com aspas porque penso que a palavra não existe em português) regulada da "massa", depois de um plano escrito e aprovado. É assim tão estranho? Se o o plano não for só o que a Holanda e Cª Lª quer, e se nos lembrarmos da atribuição e gestão dos dinheiros vindos da Europa para Portugal no tempo das "vacas gordas", até entendo que é uma atitude bem avisada...

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  2. Sim, há motivos mais que suficientes para desconfiar de nós. Mas, e o paraíso fiscal?

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  3. O paraíso de uns é o inferno de outros...

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  4. Boa pergunta, boa resposta e, à hora em que escrevo, a Europa... não desata! "Merde"!...

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