quinta-feira, 9 de julho de 2020


Escreveu Jonathan Swift:


“Os animais conhecem os seus limites: um urso não tentará voar, um cavalo doente hesitará saltar a grade de cinco barras. Um cão, por instinto, passa longe se vê um poço largo de mais, mas o homem é aquela criatura que, levada pela loucura, combate a natureza; que, ao seu grito – “Pára!”- prossegue obstinadamente. E que, absurdamente, se empenha em realizar aquilo para que o seu génio menos se inclina.”.

E outros da actualidade:

""O homem modificou tão radicalmente o meio ambiente que tem agora de se modificar para poder viver nesse novo meio. Aquilo a que damos o nome de progresso é a troca de um mal-estar por outro mal-estar: desenvolveu a burocracia a tal ponto, que a realização da tarefa mais simples exige um dispêndio enorme de energia; elaborou um primoroso sistema postal, mas uma carta leva hoje mais tempo a chegar ao destino que nos dias do expresso-pónei; construíu aviões de jacto em que atravessa os oceanos num ápice para ficar horas a sobrevoar o aeroporto antes de poder aterrar e descobrir que a sua bagagem seguiu para outro destino; tenta ligar para casa mas em vez do sinal de ligação ouve uma mensagem gravada acerca de circuitos sobrecarregados”.


Transcrito por Amândio G. Martins





3 comentários:

  1. Então... deveríamos ter ficado no tempo do "homem das cavernas"?... E seguir o que a natureza nos "concedeu", porque era o que "merecíamos"?... Ou deveríamos rejeitar este "pecado" de estarmos a comunicar por computador?...

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  2. Dada a clara evidência de que a "espécie" tem ao longo dos tempos dado indesmentíveis passos maiores que as pernas, eu estou em votar pelo regresso à origem, fosse isso possível; e qual computador, já pensou no excitante que podia ser voltarmos aos pombos para a troca de mensagens?...

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    1. Uma espécie de "utopia regressiva".... Se assim fosse, eu não estaria cá, por duas vezes já ( para além da idade) e, assim, nem computador nem pombas....

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