sexta-feira, 3 de julho de 2020


Uma “joia” de pessoas...


Se calhar premeditando que isso lhes dê cobertura para as falcatruas que a sua mente doentia engendra, os “empreendedores” de casas para acolhimento de pessoas idosas dão-lhes nomes de santos – Lar de santa isto, santo aquilo – verificando-se tamanha pouca vergonha em Espanha também, como tenho observado.

Diz-se no JN que a Segurança Social denunciou às autoridades a “Irmandade de Santa Cruz”, em Braga, cujo lar para a terceira idade aquela instituição vinha apoiando, como faz com tantas outras casas do género; mas começaram a surgir diversas queixas de quem buscava apoio nesse “lar”, porque a direcção respectiva vinha exigindo quantias exorbirtantes, a que chamam “joia”, a quem tinha necessidade de lá internar os seus pais e avós.

Estes insaciáveis traficantes da velhice, para além de embolsarem a pesada mensalidade que cada interno paga, a somar à verba da Segurança Social, ainda exigiam quantias de 40 mil, 25 mil e 15 mil euros para fazerem o “favor” de lá aceitar quem o solicitava, deixando para trás quantos  não pudessem dispor de tais exorbitâncias; e este é só mais um caso, dos muitos que frequentemente nos chegam pela Comunicação Social, que põe a nu as gritantes carências que se verificam por todo o país, no que diz respeito à protecção da velhice, lacuna para a qual o Estado está longe de mostrar o empenho suficiente...


Amândio G. Martins



4 comentários:

  1. A "santidade" sempre ajuda... pensam ( se calhar, "bem") eles...

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  2. Há muitos, infelizmente. Vestem bem; sempre engravatadinhos; desfilam em bons carros; gostam de ser bajulados; fazem muitas vénias; invocam o nome de Deus por tudo e por nada e suspiram pelos tempos da "outra senhora" (sem razão, porque voltaram ao poder). São as "forças-vivas", como gosta de os apelidar um conhecido comendador cá da paróquia. Nós, os outros, somos portanto, as "forças-mortas"

    Tenho uma opinião diferente da do comendador: é a CORJA.

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  3. Quero esclarecer que o "eles" ( sem aspas) que refiro no meu anterior comentário, reporta somente aos que praticam o citado pelo Amândio Martins e não genericamente a todas as casas com "Santa" no nome. Para mim é evidente mas... nunca fiando.

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  4. O que o comendador do comentário do Valdigem está a pensar, quando fala de "forças vivas", é mesmo em gente vivaça, essa mesma a quem se aplica a "proposição" que diz que grande parte da astúcia da raposa se deve à estupidez das galinhas...

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