Lamento muito Senhor Presidente da Republica, mas desta vez não segui o seu conselho de gozar férias cá dentro, mais propriamente no Algarve. Como não tenho casa de férias nem lá nem noutro local e não estando a usar ironia, mas um facto, após consultar várias propostas, cheguei à conclusão que era mais económico optar por Benidorm. Para que isto não aconteça, deixo-lhe a ideia de convencer os nossos hoteleiros a praticar preços mais competitivos que concorram com os nossos vizinhos e que deixem de usar a desculpa do IVA pois para mim trata-se sim duma política de tentar o retorno do investimento mais rapidamente. Apesar de a distância ser maior, os 30 cêntimos em litro de diferença no preço do combustível, joga a favor deles. Munido do farnel para refeição em transito, com Madrid à vista, saio da auto pista para uma cidade dormitório, das muitas que cercam esta capital. Com o sol a pique, as arvores pouco frondosas, sem sombras e o painel da viatura indicando 38 graus de temperatura exterior, já estava desesperado quando avisto, como por milagre, o parque auto dum supermercado, instalado no rés-do-chão do mesmo. Fintado o astro rei, instalado comodamente, deliciamo-nos com a refeição 100% nacional, e confesso que nunca nos soube tão bem uns panados, graças ao memorando do triunvirato. Há um pormenor que quero registar. Em Benidorm, a língua de Camões é tão escutada como a de Cervantes o que prova que há muitos portugueses que sabem fazer contas. Como faço férias repartidas, e na impossibilidade em ir para a chiquíssima estância termal Baden-Baden, prometo ao nosso Presidente que irei para a nossa Vidago-Vidago. Jorge Morais
Publicada no DN e no JN de 27.07.2011
Por motivo óbvios só agora a posso reproduzir neste espaço e esclareço que não se trata duma resposta à publicada pelo senhor José Amaral a respeito das férias milionárias na Tunísia.
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