sexta-feira, 3 de julho de 2015

Sporting Club de Jesus

Aquilo lá para os lados de Alvalade vai uma festa. Parece que naquela circular secundária tudo corre numa paródia que provoca para já sonoras gargalhadas até às lágrimas. É compreensível que assim seja. Afinal não são todos os que podem vivenciar com Jesus, apesar de por lá estar também um Deus de nome João mas num escalão abaixo, por uma questão de organização daquele clube de santos, do qual esperam muitos venha a tornar-se num paraíso. Para já é só entusiasmo e  alegria. Porém somos assaltados por uma calamitosa questão. Sendo Marco Silva o treinador dos leões, até ver, qual será no staff dos sportinguistas o papel de Jesus, o tão esperado e promissor salvador, domador de feras e adamastores, senão o de empreiteiro, decorador, designer, assentador de tijolo no mínimo? É que de acordo com o que se tem lido, este Jesus é mais do cimento, pois até agora vem exigindo à sua nova casa de cofres nebulosos, obras pouco caridosas ou sem a graça que tem entrado nos sketches humorísticos que fizeram soltar aos adeptos adaptados as primeiras alegrias. São as exigências de estruturas físicas tais como melhoria e renovação do ginásio, salão de conferências íntimo, colocação de painéis motivadores para os apóstolos que partirão para nova cruzada, contratações a desejo próprias de superstar com brilho, afastamento de quem possa atrapalhar no momento de ajoelhar, etc. mais comédia e tal. Ora se Marco Silva for apenas um marco firme em levar por diante os seus direitos e não alinhar nesta comédia da cerimónia que teve lugar no Coliseu dos Recreios que meteu um só violino no relvado de cinco que a história regista faz tempo, a Jesus filho do Vi(rg)olino, outrora atleta dos leões sem brilho no passado mas recuperado agora para emoção dos presentes na festa dos suspiros, o que lhe resta senão entregar-se à direcção das obras exigidas sem levantar muita poeira? É que os sócios do clube alfacinha, não querem já já já a seguir, outra coisa, senão os títulos com que têm sonhado. Caso contrário a casa vai abaixo por entre rugidos do leão ferido, e não haverá J.Jesus nem J.Deus que lhes valha e a tempo de lhes administrar a santa unção. As lágrimas tão emotivas voltarão, mas de tristeza, e a honra do leão cairá pelo relvado como cartaz abandonado, destroçado, sem que Jesus lhe valha como a Lázaro de Betânia valeu, e muito menos o palmelão Octávio.


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