quarta-feira, 11 de outubro de 2017

Era mesmo preciso?

Após as manifestações em Barcelona, no passado domingo, pareceu-me que, a existir um referendo legal e normal, o "não" à independência ganharia. Tal como em 2014. Aliás, como desfecho, outra coisa não seria de esperar do que a manutenção do statu quo, com ou sem a expressão da vontade popular, atendendo às inevitáveis pressões que, caso contrário, de todo o lado viriam, desde o sector financeiro global à UE, esse clube privativo e exclusivo para onde se entra só depois do imprescindível alinhamento com os critérios definidos (que bem podiam ser outros quaisquer), e donde não se sai, pelo menos a bem. Ora, a insensibilidade de Rajoy, aliada ao seu autoritarismo, mais próprio de outras Espanhas do passado, levou a que centenas de catalães fossem selvaticamente agredidos, entre milhões de compatriotas humilhados. Foi mesmo um acto gratuito que pode vir a ficar caro.

Público - 12.10.2017

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