No dia 10 de Outubro, assinalou-se o Dia Mundial da Saúde Mental, com visibilidade, conferências e discursos. O secretário de Estado da Saúde quer implementar novas medidas… mas, o Programa Nacional para a Saúde Mental, iniciado há anos, ainda vai muito incompleto.
O seu director, Álvaro de Carvalho, adianta que o excesso de tranquilizantes, comporta riscos de
saúde pública. Para atacar esta excessividade, preconiza a diminuição da comparticipação estatal dos psicofármacos(!). Certamente, está de acordo, que o Seroquel - um estabilizador de humor para atalhar a bipolaridade, tivesse tido um aumento de 2 para 12 euros! Isto é inaceitável e cruel para a maioria dos doentes, que são vulneráveis economicamente.
A saúde em Portugal é muito voltada para o tratamento da doença, ao invés da prevenção activa. Somos na Europa, dos que mais sofremos de doenças mentais, consequentemente, dos maiores consumidores e gastadores com medicamentos. Só em 2016, foram vendidas mais de 30 milhões de embalagens, tendo sido gastos 216 milhões de euros!
A resiliência, a literacia sobre a doença, i. é. estudá-la para conhecê-la e fugir ao stress, são condições (não as únicas) para evitar estados depressivos e outros mais graves.
Neste contexto, importa referir o papel notável da ADEB - Associação dos Doentes Depressivos e Bipolares, ao longo de anos de intensa actividade para quem a procura. Têm sido uma fonte de
transmissão de indicadores úteis e um bom porto de abrigo. Bem Hajam!
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