terça-feira, 3 de outubro de 2017

POR UM NOVO MOVIMENTO REVOLUCIONÁRIO

Não devemos ser elitistas, excluir ninguém à partida: nem bloquistas, nem comunistas, nem anarquistas. O que é certo é que nós nos situamos no campo revolucionário, no campo da liberdade livre dos surrealistas. Por isso denunciamos o big brother, a lavagem ao cérebro mediática, aqueles que nos querem fazer a cabeça todos os dias. Por isso alertamos para as alterações climáticas, para as grandes tragédias naturais que já se sentem e que se vão multiplicar se nada se fizer. Por isso denunciamos o império da finança, a redução da vida à compra e venda, o deus-dinheiro que comanda a nossa existência. Por isso dizemos que a vida se tornou numa competição, numa guerra pelo emprego, pelo dinheiro, pelo poder, pela carreira. Os partidos de esquerda não falam destes temas, quase se reduzem a questões económicas. Os partidos de esquerda não dizem que a vida é amor, fraternidade, liberdade, criação, sabedoria, natureza, hybris, loucura. Daí que seja necessário um novo movimento. Um novo movimento global que fale da democracia ateniense, de Péricles e Sólon, que fale de Platão e Sócrates, que fale de Nietzsche, Jim Morrison, Rimbaud, Bakunine, Che Guevara, Walt Whitman, Henry Miller e Jesus. Um novo movimento que acorde as pessoas de vez.

3 comentários:

  1. Meu caro, dado o estado calamitoso das nossas Finanças Públicas, não acha que o que mais precisamos antes de filosofar, é conseguir acabar com os déficts públicos, e começar a conseguir mais receitas que despesas do estado?

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  2. Concordo consigo, amigo Pedro, mas não deve ser possível. O homem é demasiado limitado para aderir a um movimento desse género. É demasiado limitado para sacudir a albarda da minoria que lhe a coloca. Não vê, por exemplo, agora nestas autárquicas! Até se elegem corruptos comprovados como em Oeiras, ou se substituem homens bons e competentes (conheço pessoalmente e de quem sou amigo. E não o afirmo apenas nos situarmos na mesma área político-ideológica) por carinhas larocas que caem de pára-quedas, como em Almada... Nem a médio prazo acho isso possível. No entanto, devemos sempre perseguir utopias. E é com quem não desiste, como o amigo, que se poderão tornar realidades.

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    1. Sobre o "corrupto comprovado", uma observação, se me é permitido. É falso que tenha sido preso por corrupção. Foi fraude fiscal. E se eu tivesse de escolher entre um condenado que cumpriu pena de prisão e um outro muito "bonito e virgem" na Justiça, mas que eu sei ser corrupto, quem acha que escolheria? E quantos políticos corruptos portugueses conhece que tenham tido cadeia efectiva? A Justiça portuguesa escolheu Isaltino para fazer dele um exemplo. Imagino o que os corruptos da "I Divisão" se devem ter rido...

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