A nossa secular diáspora tem sido a ‘galinha de ovos de ouro’
do nosso quintal lusitano, onde pontificam e pululam ronhosos e rancorosos
galos da pior espécie.
E eles, tal como os capitalistas que são apátridas e ferozes
mercenários sem escrúpulos nem fronteiras, são, com e como eles, unha com
carne, repartindo até à exaustão o pecúlio de todos nós, lusitanos
ingovernáveis e quiçá insustentáveis, dada a ferocidade piranhona das castas ou
castos loureiros, santos de espírito, jerónimos, cavacos, jardineiros,
oliveirais da costa, jotas, e outros perdigotas, que cá encontraram terra muito
fecunda para saquear e secar por completo, até que o nosso belo e ancestral
solo pátrio vire um autêntico e estéril deserto de tudo, ou numa miragem de
nadica de nada.
Assim, só nos resta impedir que tais facínoras nos privatizem
o pensamento ou nos racionem o ar que ainda livremente respiramos.
José Amaral
Sem comentários:
Enviar um comentário
Caro(a) leitor(a), o seu comentário é sempre muito bem-vindo, desde que o faça sem recorrer a insultos e/ou a ameaças. Não diga aos outros o que não gostaria que lhe dissessem. Faça comentários construtivos e merecedores de publicação. E não se esconda atrás do anonimato. Obrigado.
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.