O PM britânico em
defesa da democracia! (Público 17.06.2014)
O PM britânico escreveu um artigo, que veio no Público de
13.06.2014, intitulado: “Em defesa da democracia e do interesse europeu”.
O título começa por ser um pouco estranho, vindo de alguém que
democraticamente acaba de perder nas eleições Europeias e que quer em 2017 um
referendo na sua terra, para saber se o Reino Unido se mantém ou sai da União
Europeia.
Isto, a propósito de não querer escolher o Sr. Juncker para
substituir o Sr. José Manuel Durão Barroso, na Presidência da Comissão
Europeia.
Algo muito defensável, mas para quem o possa e saiba fazer
livre e descomprometidamente, e de facto não parecer ser o caso, deste senhor.
E, umas frases significativas de realçar no artigo referido:
- Aqueles que votaram, fizeram-no para escolher o seu
deputado europeu e não o Presidente da Comissão.
- O Reino Unido tem a reputação de lutar pela democracia e
pelos seus interesses nacionais.
- Impediria
efectivamente um PM ou Presidente em funções de alguma vez presidir à Comissão
Europeia no futuro…
Bem, que não votámos, os poucos que o fizemos, para o
Presidente da Comissão, não temos que se lembrados, mas, quanto à defesa tão
acérrima, ainda, do Reino Unido da democracia, parece que o próprio terá algumas
dúvidas, já quanto aos seus interesses nacionais, são uma certeza e colidem com
os da União Europeia.
Mas, fica a ideia hoje nada estranha, que vemos “cá dentro e
por esta Europa toda”, que os políticos são maus e quando entram na política,
nunca mais querem sair livremente, logo tem que encontrar “entadas” para se
perpetuaram eternamente na política, enquanto vivos.
E daí a tal hipotética possibilidade de um PM em funções
poder vir a presidir à Comissão Europeia. Não há coincidências, ou as que há,
não serão bem estas.
Assim, enquanto os interesses pessoais a tudo se
sobrepuseram, e de seguida os nacionais, não temos qualquer hipótese e de ter
uma União Europeia de facto, com presente promissor e futuro viável. E é
dramático.
A. Küttner de Magalhães
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