Duelo (in)Seguro Costa
A minha opinião
vale o que vale.
Sou socialista de
ideais, mas não filiado em nenhum partido. Procuro, em cada questão, optar pelo
lado do interesse do coletivo sobre interesses individuais. Serve este introito
para chegar ao que se passa na disputa da liderança do PS, entre Seguro e
Costa. É evidente que após 25 de Abril, perante o descomunal atraso de
Portugal, em diversos campos, em relação à Europa, as políticas, numa ânsia,
comparável ao da primeira República, foram no sentido da liberdade e em
benefícios sociais e culturais ao povo dele carentes. Os atores desta mudança, só
possível graças ao generoso ímpeto de libertação dos capitães de Abril, foram
os políticos que tinham sofrido, na pele,
o atrevimento de contestarem o ditador
Salazar e suas políticas, neutras ou do “orgulhosamente sós”. Descontando algo
positivo na sua ação de endireitar as contas públicas, ensandeceu, pensando que
Portugal, um pequeno país, poderia, pela força, não pela negociação, manter as
antigas colonias, apanhadas na guerra fria, devido à sua riqueza de matérias-primas,
entre as grandes potências. Mário Soares, Álvaro Cunhal, Sá-Carneiro, Freitas
do Amaral, Amaro da Costa, e outros, Mota Pinto, e outros, foram os políticos,
que após uma elaboração a Constituição, socialmente progressista à esquerda,
foram referências reconhecidas! Com altos e baixos, Portugal foi progredindo,
em muitas áreas, que sem o 25 de Abril, jamais seria possível, tão rapidamente.
Com a entrada na C.E.E, dinheiros, aos milhões, entraram, a fundo perdido, para
nos ajudar. Aqui, muitos milhões, a fundo perdido, foram, rapidamente, para a
bolsos de governantes, que com eles se governaram, ainda se governam, sob
variadas formas, sob instrumentos vários, legais, feitos à sua medida, tais
como fundações, associações, que não estão ao serviço dum República, mas sim
como capa, com que se cobrem esses seres
corruptos, que como governantes se limitam a fazer o que anteriores fizeram,
mediante impunidade legais, por eles criadas! Os velhos políticos, manhosos,
matreiros, com a escola toda, e também com culpas no cartório, deliciam-se,
agora, com as manobras dos ainda imberbes ou quase ainda efebos na política, manobrados, nos bastidores,
pelos generais na reserva! Atualmente, Passos e Seguro, para mim são disso
exemplo. Tanto um como outro, quais ratos de laboratório, estão nas mãos dos
“cientistas” políticos, para mirabolantes experiências, procurando êxitos,
badalados na revista “Politics Science”.
Seguro e Passos,
de jotinhas passaram a juniores e rapidamente a seniores de futebol político,
sem que tivessem feito um jogo, a sério, e terem levado valentes caneladas dos
adversários, como levaram os ditos generais, já na reserva, inclusive anos de
cadeia por resistirem à Ditadura. Passos e Seguro, andaram a arregimentar seus
infantes, para encherem suas casernas, só que, agora, no teatro da guerra, a
doer, falta-lhes a maturidade dos oficiais de carreira. Normalmente, os jovens soldados
são bons para combater o inimigo, todavia, quem desenha estratégia são os
oficiais-generais
Neste caso, o
resultado da batalha das eleições para a Europa não agradou ao PSD/CDS nem ao
PS.! Porém se a aliança dos exércitos do PSD/CDS ainda está seguro pela
estratégia do seu general de Belém, no do PS os generais de carreira exigem a
demissão do general de brigada; José Seguro, pelo facto deste não ter dizimado
o inimigo. Aqui, eu bem gostaria de falar dum regime democrata, praticado por
democratas, mas não. O que se verifica é que, Seguro, uma vez desafiado, em vez
de saltar logo para o ringue, recuou, na esperança de arregimentar tropas, e
ganhar tempo. Porquê? Zelar dos interesses do PS, promovendo transparência de
processos? Não. Apenas, tentar, com o apoio da sua legião de mancebos, fazer
face ao senado de imperadores, que o cercam. Termino, lembrando que sou
republicano e socialista de ideais, não de partidos, e não admito que o PS não
tenha votado contra o aumento dos vencimentos, em 5%, para 2014, aos Deputados
da Assembleia da República, enquanto do Povo é só sacar! De que socialistas é
composto o P.S., que nem uma abstenção houve?!
Por estas e por
outras é que votei nulo, com o sentimento de “cagar em todos os partidos”, pois
que já não distingo quem é Governo e quem é Oposição. Quando toca a sacar todos
sacam e, pasmem, por unanimidade! No duelo entre Seguro e Costa, que ganhe
qualquer, mas fraco PS este, que se arrasta, que se arrasta em jogadas
palacianas, que o povo não aprecia, não gosta, e até é natural que ganhe o
Costa, porque o oficial menor; o Seguro, não foi segurança para o PS e, para
mim, já falhou em demonstrar, na prática, não ser muito fiável em políticas
mais socialistas e mais consentâneas com a nossa Constituição, ou então
revoguem-na, mas não culpem Tribunal Constitucional pelo seu não cumprimento.
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Autor: Silvino
Taveira Machado Figueiredo
Gondomar
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