segunda-feira, 9 de junho de 2014

Duelo(in)Seguro Costa



Duelo  (in)Seguro Costa
A minha opinião vale o que vale.
Sou socialista de ideais, mas não filiado em nenhum partido. Procuro, em cada questão, optar pelo lado do interesse do coletivo sobre interesses individuais. Serve este introito para chegar ao que se passa na disputa da liderança do PS, entre Seguro e Costa. É evidente que após 25 de Abril, perante o descomunal atraso de Portugal, em diversos campos, em relação à Europa, as políticas, numa ânsia, comparável ao da primeira República, foram no sentido da liberdade e em benefícios sociais e culturais ao povo dele carentes. Os atores desta mudança, só possível graças ao generoso ímpeto de libertação dos capitães de Abril, foram os políticos que tinham sofrido, na pele,  o atrevimento de contestarem o  ditador Salazar e suas políticas, neutras ou do “orgulhosamente sós”. Descontando algo positivo na sua ação de endireitar as contas públicas, ensandeceu, pensando que Portugal, um pequeno país, poderia, pela força, não pela negociação, manter as antigas colonias, apanhadas na guerra fria, devido à sua riqueza de matérias-primas, entre as grandes potências. Mário Soares, Álvaro Cunhal, Sá-Carneiro, Freitas do Amaral, Amaro da Costa, e outros, Mota Pinto, e outros, foram os políticos, que após uma elaboração a Constituição, socialmente progressista à esquerda, foram referências reconhecidas! Com altos e baixos, Portugal foi progredindo, em muitas áreas, que sem o 25 de Abril, jamais seria possível, tão rapidamente. Com a entrada na C.E.E, dinheiros, aos milhões, entraram, a fundo perdido, para nos ajudar. Aqui, muitos milhões, a fundo perdido, foram, rapidamente, para a bolsos de governantes, que com eles se governaram, ainda se governam, sob variadas formas, sob instrumentos vários, legais, feitos à sua medida, tais como fundações, associações, que não estão ao serviço dum República, mas sim como capa, com que se cobrem esses  seres corruptos, que como governantes se limitam a fazer o que anteriores fizeram, mediante impunidade legais, por eles criadas! Os velhos políticos, manhosos, matreiros, com a escola toda, e também com culpas no cartório, deliciam-se, agora, com as manobras dos ainda imberbes ou quase  ainda efebos na política, manobrados, nos bastidores, pelos generais na reserva! Atualmente, Passos e Seguro, para mim são disso exemplo. Tanto um como outro, quais ratos de laboratório, estão nas mãos dos “cientistas” políticos, para mirabolantes experiências, procurando êxitos, badalados na revista “Politics Science”.
Seguro e Passos, de jotinhas passaram a juniores e rapidamente a seniores de futebol político, sem que tivessem feito um jogo, a sério, e terem levado valentes caneladas dos adversários, como levaram os ditos generais, já na reserva, inclusive anos de cadeia por resistirem à Ditadura. Passos e Seguro, andaram a arregimentar seus infantes, para encherem suas casernas, só que, agora, no teatro da guerra, a doer, falta-lhes a maturidade dos oficiais de carreira. Normalmente, os jovens soldados são bons para combater o inimigo, todavia, quem desenha estratégia são os oficiais-generais
Neste caso, o resultado da batalha das eleições para a Europa não agradou ao PSD/CDS nem ao PS.! Porém se a aliança dos exércitos do PSD/CDS ainda está seguro pela estratégia do seu general de Belém, no do PS os generais de carreira exigem a demissão do general de brigada; José Seguro, pelo facto deste não ter dizimado o inimigo. Aqui, eu bem gostaria de falar dum regime democrata, praticado por democratas, mas não. O que se verifica é que, Seguro, uma vez desafiado, em vez de saltar logo para o ringue, recuou, na esperança de arregimentar tropas, e ganhar tempo. Porquê? Zelar dos interesses do PS, promovendo transparência de processos? Não. Apenas, tentar, com o apoio da sua legião de mancebos, fazer face ao senado de imperadores, que o cercam. Termino, lembrando que sou republicano e socialista de ideais, não de partidos, e não admito que o PS não tenha votado contra o aumento dos vencimentos, em 5%, para 2014, aos Deputados da Assembleia da República, enquanto do Povo é só sacar! De que socialistas é composto o P.S., que nem uma abstenção houve?!
Por estas e por outras é que votei nulo, com o sentimento de “cagar em todos os partidos”, pois que já não distingo quem é Governo e quem é Oposição. Quando toca a sacar todos sacam e, pasmem, por unanimidade! No duelo entre Seguro e Costa, que ganhe qualquer, mas fraco PS este, que se arrasta, que se arrasta em jogadas palacianas, que o povo não aprecia, não gosta, e até é natural que ganhe o Costa, porque o oficial menor; o Seguro, não foi segurança para o PS e, para mim, já falhou em demonstrar, na prática, não ser muito fiável em políticas mais socialistas e mais consentâneas com a nossa Constituição, ou então revoguem-na, mas não culpem Tribunal Constitucional pelo seu não cumprimento.
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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
Gondomar

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