No mesmo dia, duas notícias trágicas.
No Brasil, em dez anos, registaram-se 500 000 homicídios ou vítimas de crimes.
Nos EUA, baluarte da chamada civilização ocidental, mais dois mortos (um foi o
criminoso) num ataque a uma escola. O Brasil, pelo que eu me apercebi em várias
viagens nas últimas décadas, é um país violento. Sobretudo nas urbes, o crime é
avassalador, e muitas vezes desproporcionado face aos fins dos próprios
bandidos. Mata-se por umas centenas de reais. Os criminosos são tantos e as
prisões estão tão cheias, que a impunidade é um estímulo aos criminosos. Nos
EUA, a violência é secular. A própria Constituição, num dos poucos artigos que
possui, (segunda emenda, estabelecida em 1871) consagra sem quaisquer dúvidas
ou sofismas, que todo o cidadão tem direito a usar uma arma. Não se podia ser
mais claro. Comparando a legislação sobre o uso e direito de possuir armas na
UE com a dos EUA, as diferenças nas facilidades destes últimos são abissais. E
a poderosa confederação American Rifle Association, em resposta aos apelos de
sucessivos Presidentes, no sentido de se dificultar o acesso às armas, vai
dizendo que quanto mais armados estiverem os americanos, mais se previne o
crime. Aparentemente, não será nos próximos meses ou se calhar até anos, que uma
nova legislação como a proposta pelo Presidente Obama irá ser aprovada. Por
tudo isto, meus caros concidadãos portugueses, vamos rezando para que a nossa
conhecida ineficácia da Justiça, a protecção cada vez maior aos arguidos de
crimes, em detrimento das próprias vítimas, e os apelos continuados de Mário
Soares e Vasco Lourenço a uma resposta violenta às medidas deste governo, não
venham a degenerar no aumento da criminalidade violenta. Deus nos proteja desta
calamidade, já que quanto ao resgate financeiro, já devemos ter expiado todos
os nossos "pecados".
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