Em fases de maior acalmia, supostamente, foi dada a
“escolha ao povo” para melhor organizar o seu poder podendo escolher
politicamente a sua governação.
Em fases de maior tensão, nem sequer se imaginou
qualquer veleidade de escolha, e desgraçadamente as ditaduras e os ditadores,
impuseram-se.
Tudo se passando tanto em repúblicas, como em
monarquias, sendo que, por natureza aquelas serão mais democráticas que estas,
dado nestas não haver possibilidade de escolha do rei, mas há do Governo.
Depois deste “ar democrático” que varreu quase toda a
Europa desde os anos 70 do século passado, as extremas-direitas e não só, até
na Europa estão a fazer o “seu caminho”, face a transtornos democráticos em
cada país europeu, e a uma União Europeia vacilante ou o inverso.
E, em outros pontos do Globo, algumas alternativas
militares - ou seja pela força das armas- estão a aparecer, mesmo depois de
“primaveras árabes”, mas não só por aí.
Por certo, haverá alguns “outros” países, que nunca
conseguiram nem conseguirão ser democráticos, talvez o seu ADN, mas são uma
minoria.
Talvez estejamos, hoje, a ter que adaptar as
democracias - não é anular, não confundir - à globalização, como de resto se
foram adaptando ao longo dos tempos ao evoluir do mundo. E mesmo que possa
parecer fuga em frente os processos confusos em curso, podem não ter que
implicar obrigatória e desgraçadamente, a generalização de novas ditaduras.
Talvez haja necessidade de todos os países
democraticamente, terem que reformular os seus governos e as formas de
administração, em mais esta fase que parece tendencialmente anti-democrática.
E, sem sobressaltos maiores dos que vimos a sofrer
onde, ainda, estão implantadas democracias, em tantos países europeus, nos EUA,
na India, e não só, estas, se adaptarem à globalização sem a esta se subjugarem
de forma alguma, e caminharemos para tempos melhores e mais confiáveis e sempre
democráticos!
Augusto Küttner de Magalhães
(DN 23.06.2014)
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